Portsmouth – Um Curry quente demais para o Pompey

Bill Curry tinha uma predileção sádica, pelos menos na visão dos torcedores do Pompey, de marcar hat-tricks no clube de Fratton Park!

Ele anotou três gols no Portsmouth três vezes... e por três diferentes clubes!

O autor, no título da matéria fez um trocadilho com o tempero curry, de origem asiática, muito comum na Inglaterra, cuja definição é “Curry ou caril, é uma mistura de especiarias usada como tempero nos países asiáticos cuja base é o pó seco de folhas de árvore-de-caril, açafrão-da-terra, cardamomo, coentro, gengibre, cominho, casca de noz-moscada, cravinho, pimenta e canela”, significado este tirado do site Greenme (https://www.greenme.com.br/usos-beneficios/5014-curry/).

Feito este breve esclarecimento, passemos ao texto propriamente dito.

Boa leitura.

1. Card de Bill Curry (Premier Football Cards)

Bill Curry marcou hat-tricks contra o Pompey por três times diferentes.

Em 11 de março de 1959 ele marcou três vezes pelo Newcastle United, que ganhou por 5 a 1 em Fratton Park e empurrou o Pompey para as colocações próximas à zona de rebaixamento na Division One.

2. Bill Curry com a camisa do Brighton (Site Brighton and Hove Stuff)

Ele se transferiu para o Brighton & Hove Albion em julho daquele ano e, no terceiro sábado da nova temporada – 5 de setembro de 1959 – ele marcou todos os gols do seu novo clube, que bateu o Pompey por 3 a 1 em Goldstone Ground, num jogo de Second Division.

O terceiro hat-trick de Curry contra o Portsmouth aconteceu em 10 de maio de 1963, quando ele ajudou o Derby County na goleada de 4 a 0 no Baseball Ground, noutra partida de Second Divison. *

* Portsmouth On This Day & Miscellany: Pompey Anedcotes, Legends, Stats & Facts - Roger Holmes ©.

3. Bill Curry com a camisa dos Rams (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

A última partida de Burnden Park

Burnden Park, lar do Bolton Wanderers por 102 anos, recebeu o seu último jogo em abril de 1997.

O visitante para a despedida foram os Addicks e o jogo transcorreu muito bem para os Trotters, que se despediram de forma honrosa do seu campo, apesar dum susto inicial.

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Capa do programa oficial da partida (eBay)

A primeira substituição da Football League aconteceu no campo de Burnden Park numa partida entre o Bolton e o Charlton Athletic, logo foi adequado que os dois times e a na última partida disputada no estádio que foi casa do Bolton desde 1895.

O Bolton já era o campeão da Division One quando recebeu a visita dos Addicks e parecia que os visitantes seriam bem-sucedidos coma vitória parcial por 1 a 0 no primeiro tempo.

Mas os Trotters conseguiram uma sensacional reviravolta na segunda etapa e venceu a partida por 4 a 1, com o último gol do estádio tendo sido marcado por John McGinlay (além de McGinlay, que marcou mais um gol, Alan Thompson e Gerry Taggart foram às redes naquela tarde festiva).

 

2. Cartaz anunciando o jogo em Burnden Park (PA)

O Bolton recebeu um troféu após o fim do jogo e a torcida cantou Auld Lang Syne antes de deixar o campo pela última vez.

Burnden Park foi demolido em 1999 e o Bolton se mudou para o Reebok Stadium.

Antes da demolição definitiva do estádio, ele ficou degradado e ciganos acabaram estabelecendo um acampamento clandestino no local.

Atualmente um imenso supermercado Asda ocupa a área, mas há fotos do velho estádio acima dos caixas.

3. John McGinlay (Getty Images)

Ficha técnica da partida:

Bolton Wanderers 4 (Alan Thompson, Gerry Taggart, John McGinlay-2) Charlton Athletic 1 (Kinsella)

Premier League

Local: Burnden Park

Data: 25 de abril de 1997

Público: 22.030

Bolton Wanderers: Keith Branagan, Guðni Bergsson (Steve McAnespie), Chris Fairclough, Gerry Taggart, Jimmy Phillips, Michael Johansen (John Sheridan), Per Frandsen, Alan Thompson, Scott Sellars, John McGinlay, Nathan Blake (Mixu Paatelainen).

Charlton Athletic: Andy Petterson, John Robinson, Richard Rufus, Stuart Balmer, Anthony Barness, Mark Kinsella, Paul Mortimer (Kevin Nicholls), Brendan O'Connell, Bradley Allen, Mark Bright, Kevin Lisbie (Carl Leaburn). *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

4. Torcida dos Trotters em Burnden Park (PA)

Tradução: Sandro Pontes

Everton – Chuteiras brancas

Alan calçou suas icônicas chuteiras brancas na partida de Charity Shield de 1970 em Stamford Bridge.

Ele assinou um contrato com a fabricante de chuteiras Hummel, mas depois houveram alguns probleminhas e Ball achou uma solução criativa...

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Alan Ball com as famosas chuteiras (Getty Images)

Alan Ball calçou o seu famoso par de chuteiras pela primeira vez na vitória do Everton sobre o Chelsea, pela Charity Shield de 1970, em Stamford Bridge (2 a 1 para os Toffes, gols de Alan Whittle e Howard Kendall).

Ele recebeu £2.000 do fabricante de chuteiras Hummel para usá-las, mas apesar do fato delas causarem comentários até hoje em dia, Ball não era exatamente o modelo ideal para aquele modelo de chuteiras.

Ele comentou acerca das chuteiras: “Para ser sincero elas eram uma porcaria, como papelão, então eu dei as minhas velhas chuteiras da Adidas para dois garotos da categoria de base pintarem elas de branco”.

2. Alan Ball em ação contra os Blues (PA Images)

“Isso funcionou muito bem até que um dia choveu e escorreu a tinta branca e a cor preta da chuteira velha apareceu novamente”.

“Quem não ficou nada feliz com o que viu foi o representante da Hummell e eu acabei tendo que dar adeus àquelas £2.000”. *

* The Everton Miscellany - Mark O’Brien.

3. Capa do programa oficial da partida (eBay)

Tradução: Sandro Pontes

A última partida de Roker Park

Roker Park foi o lar dos Black Cats por quase 99 anos, mas por conta do Taylor Report, que previa que todos os estádios deveriam ter todos os seus lugares com assentos, o clube teve que se mudar para o Stadium of Light.

A última partida do velho estádio foi em 1997, contra o Everton batido naquela despedida que minimizou um pouco da melancolia dos torcedores locais.

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Capa do programa oficial da partida (eBay)

O Sunderland se mudou da Newcastle Road para Roker Park em 1898 com o campo oficialmente sendo aberto por Charles Vane-Tempest-Stewart, Sexto Marquês de Londonderry, em 10 de setembro daquele ano.

O estádio foi rapidamente construído, tendo as arquibancadas de madeira sido completamente feitas em três meses.

O gramado foi importado da Irlanda e durou 37 anos.

O gramado era 30 centímetros mais alto no meio do que nas bordas para ajudar na drenagem.

A primeira partida do estádio foi um amistoso contra o Liverpool e os Black Cats ganharam por 1 a 0, com o primeiro gol do Roker Park tendo sido marcado por Jim Leslie.

Nos anos 1930s a capacidade do estádio foi ampliada para 60.000 lugares, mas o recorde de público registrado foi de 75.118 espectadores.

Durante a Segunda Guerra Mundial uma bomba caiu no meio do gramado, matando um policial que caminhava pelo local.

2. Entrada dos times em campo para a última partida competitiva do Roker Park (Getty Images)

Em 1952 o Roker Park se tornou o segundo gramado (após o estádio do Arsenal) a contar com refletores.

Quando o Taylor Report recomendou que os estádios com todos os lugares sentados, o Sunderland percebeu que não poderia (como o Arsenal) expandir o seu estádio o suficiente para se adaptar às novas regras, começou a procurar um novo lugar para construir um novo estádio.

Em 1997 o Sunderland se mudou para o Stadium of Light, no distrito de Monkwearmouth, próximo à mina de carvão de Monkwearmouth.

A última partida competitiva no Roker Park foi uma vitória por 3 a 0 sobre o Everton diante de 22.108 espectadores, embora este triunfo não tenha conseguido evitar o rebaixamento do Sunderland.

Os gols dos Black Cats foram marcados por Paul Stewart, Chris Waddle, Allan Johnston.

Após o término do jogo, Charlie Hurley (eleito o jogador do século pelos torcedores do clube) cavou um buraco no centro do gramado tirando um pedaço do gramado para ser replantado no novo estádio.

3. Chris Waddle cobrando a falta que resultaria num dos gols dos Black Cats (Getty Images)

Ficha técnica da partida:

Sunderland 3 (Paul Stewart, Chris Waddle, Allan Johnston) Everton 0

Premier League

Local: Roker Park

Data: 3 de maio de 1997

Público: 22.108

Sunderland: Lionel Perez, Gareth Hall (Allan Johnston), Lee Howey, Richard Ord, Darren Williams, Michael Gray, Kevin Ball, Paul Bracewell, Chris Waddle, Paul Stewart, Niall Quinn.

Everton: Neville Southall, Earl Barrett, Claus Thomsen, Dave Watson, Richard Dunne, Gary Speed, Terry Phelan (John Hills), Graham Stuart (Michael Ball), Nick Barmby, Michael Branch, Duncan Ferguson. *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

4. Torcida dos Black Cats na partida final de Roker Park (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Aston Villa – Jogadores do ano

Um seleto número de jogadores do Villa foram agraciados com o prêmio de Jogador do Ano ou Jogador Jovem do Ano pela Associação de Jogadores Profissionais.

Nenhum deles pela Associação dos Cronistas Esportivos e só um deles ganhou os dois prêmios no mesmo ano (e foi a primeira vez na história que isso aconteceu).

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Andy Gray em foto de 1977 (Pinterest)

Surpreendentemente nenhum jogador do Aston Villa conquistou o prêmio de Jogador do Ano pela Associação dos Cronistas Esportivos.

Entretanto, o clube teve mais sucesso na premiação de Jogador do Ano concedido pela Associação de Jogadores Profissionais.

A lista dos agraciados com o troféu inclui:

Jogador do Ano

2. David Platt (Pinterest)

1977: Andy Gray;

1990: David Platt; e

1993: Paul McGrath.

Jogador Jovem do Ano

3. Gary Shaw (Bob Thomas/Getty Images) 

1977: Andy Gray;

1981: Gary Shaw;

2009: Ashley Young; e

2010: James Milner.

Andy Gray foi o primeiro jogador a ganhar o prêmio de Jogador do Ano e de Jogador Jovem do Ano na mesma temporada.

Esta façanha foi igualada por Cristano Ronaldo em 2007 e Gareth Bale em 2013. *

* The Aston Villa Miscellany - Dave Woodhall ©.

4. Ashley Young, de costas, e James Milner os últimos agraciados com o prêmio de Jogador Jovem do Ano (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Primeiro treinador estrangeiro a ganhar a Premiership

Nascido na França e contratado dum time japonês. Estas são as credenciais do primeiro treinador a ganhar a Premiership na Inglaterra.

Além disso, ele se tornou o mais vencedor e longevo treinador da história de um certo clube do norte de Londres...

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Arsène Wenger posando para fotografias quando da sua chegada aos Gunners (Getty Images)

Nascido em Estrasburgo em 22 de outubro de 1949, Arsène Wenger, o mais longevo e bem-sucedido treinador da história do Arsenal, juntou-se ao clube oriundo do clube japonês Nagoya Grampus 8 em 1º de outubro de 1996.

Sua primeira partida à frente do novo clube foi contra o Blackburn Rovers em 12 de outubro de 1996, uma vitória por 2 a 0 em Ewood Park com ambos os gols dos visitantes tendo sido marcados por Ian Wright.

Wenger conquistou o Double na sua primeira temporada completa à frente dos Gunners.

2. Arsène Wenger e seu assistente Pat Rice durante a estreia do treinador francês em Ewood Park (Getty Images)

O título da Premiership veio com uma convincente vitória por 4 a 0 sobre o Everton em 3 de maio de 1998 em Highbury (dois gols de Marc Overmars, um de Tony Adams e um de Slaven Bilic contra as próprias redes).

Alguns dias depois os Gunners bateram o Newcastle United por 2 a 0 na final da FA Cup.

Consequência natural do triunfo frente aos Magpies, Wenger também foi o primeiro estrangeiro a conquistar o Double.

3. Arsène Wenger celebrando após o apito final do jogo contra os Toffees em Highbury (Getty Images)

Ficha técnica da partida que garantiu a Premiership:

Arsenal 4 (Marc Overmars 2, Tony Adams, Slaven Bilic - contra) Everton 0

Premier League

Local: Highbury

Data: 3 de maio de 1998

Público: 38.269

Arsenal: David Seaman, Lee Dixon, Tony Adams, Martin Keown, Nigel Winterburn, Marc Overmars, Ray Parlour, Emmanuel Petit (David Platt), Patrick Vieira, Nicolas Anelka (Ian Wrigh), Christopher Wreh (Steve Bould).

Everton: Thomas Myhre, Slaven Bilic (John Oster), John O'Kane (Gareth Farrelly), Dave Watson, Craig Short, Carl Tiler, Michael Ball, Peter Beagrie (Mickael Madar), Don Hutchison, Nick Barmby, Duncan Ferguson. *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

4. Arsène Wenger e o capitão Tony Adams com o troféu da Premier League de 1998 (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Manchester City – Gunnar fez história contra os Gunners

O goleiro Gunnar Nielsen entrou apenas alguns minutos em campo durante toda a sua trajetória no City.

Mas bastaram uns míseros minutos no Emirates Stadium, defendo as cores do City, para ele entrar na história da Premier League.

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Gunnar Nielsen (Getty Images)

Gunnar Nielsen se tornou o primeiro jogador das Ilhas Faroe a jogar na Premier League, quando ele entrou no lugar do lesionado Shay Given na partida contra o Arsenal no Emirates Stadium em 24 de abril de 2010.

Gunnar, que fez parte do elenco do City entre 2009 e 2012, entrou em campo aos 73 minutos e esta foi a única aparição que fez com a camisa dos Cityzens antes de se transferir para o Silkeborg da Dinamarca.

Enquanto esteve no City ele foi emprestado ao Wrexham e ao Tranemere Rovers.

Desde 2016 ele atua no Fimleikafélag Hafnarfjarðar, clube islandês que disputa a principal divisão islandesa.

2. A lesão no ombro de Shay Given que proporcionou a entrada de Gunnar (Getty Images)

Ficha técnica da partida:

Arsenal 0 Manchester City 0

Premier League

Local: Emirates Stadium

Data: 24 de abril de 2010

Público: 73.726

Arsenal: Łukasz Fabiański, Bakary Sagna, Mikael Silvestre, Sol Campbell, Gaël Clichy, Abou Diaby, Samir Nasri, Tomas Rosicky (Emmanuel Eboué), Alex Song, Theo Walcott (Nicklas Bendtner), Robin van Persie.

Manchester City: Shay Given (Gunnar Nielsen), Pablo Zabaleta, Vincent Kompany, Gareth Barry, Kolo Touré, Wayne Bridge (Micah Richards), Nigel de Jong, Adam Johnson, Patrick Vieira (Emmanuel Adebayor), Craig Bellamy, Carlos Tevez. *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

3. Gunnar Nielsen em ação contra os Gunners (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes