Texto extraído da extinta revista de futebol inglesa Total Football de agosto de 2000, portanto, as situações descritas são um pouco diferentes das de hoje (um City muito forte).
Este jogo foi uma vingança dos Red Devils duma goleada sofrida para o City há pouco mais de cinco anos atrás...
Durante cinco longos anos, que já coincidiu com o
começo da fase vitoriosa dos Red Devils, ainda havia uma dívida histórica com o
seu vizinho azul, pela goleada sofrida em 1989.
Mesmo com diversas conquistas do clube de Old
Trafford, os torcedores rivais faziam questão de, sempre que possível,
relembrar o massacre de Maine Road.
Até que chegou o dia da vingança vermelha, numa
atípica quinta-feira em Old Trafford.
Maiores detalhes do jogo através do breve relato abaixo.
Boa leitura.
1. Time do Manchester United da temporada 1994-95 (Pinterest) |
O massacre de
5 a 1 do City, cinco anos atrás, ainda era uma ferida aberta.
O United
podia ganhar todos os títulos que desejava, mas os fãs do City ainda podiam
insultá-los com aquelas lembranças de 1989.
É por isso
que esta vitória significa tanto. Um velho resultado que foi vingado.
A noite,
curiosamente uma quinta-feira, pertenceu a Andrei Kanchelskis. Ele preparou a
jogada para o primeiro gol, de Cantona e o francês retribuiu a gentileza para
Kanchelskis marcar o segundo da partida.
2. Cantona comemorando o seu gol, que abriu o caminho para a goleada, na partida (Getty Images) |
Cantona
também serviu para o segundo gol de Kanchelskis no começo do segundo tempo e Mark
Hughes chutou para marcar o quarto 15 minutos mais tarde.
Com os torcedores do United implorando pelo
quinto, Kanchelskis completou o seu hat-trick um pouco antes do final do jogo
para garantir a sua maior vitória num derby de Manchester.
Dois
jogadores do United saborearam o massacre mais do que a maioria: Paul Ince e
Gary Pallister, os dois únicos sobreviventes da humilhação dos 1 a 5.
Pallister
disse a Michael Heatley e Ian Welch, em seu livro Manchester United versus
Manchester City (Dial House Editora): “nossos torcedores estavam desesperados
para que nós marcássemos mais uma vez para vingar aquela goleada. Isso foi
especialmente importante para mim e Incey, que fomos os dois únicos jogadores
presentes em ambas partidas”.
“Para ser
honesto, eu acho mais importante não perder do que vencer derbies. Nós nos
tornamos mais profissionais com o passar dos anos e os tratamos como outro jogo
qualquer, tanto quanto possível”.
“É importante
não ser apanhado neste clima, embora você saiba que se ganhar então você
deixará muitos torcedores dos Reds felicíssimos!”
Pallister
arremata “Maine Road sempre foi hostil, mas eu não quero ver o City cair porque
nós sentiríamos falta dos derbies. No
final das contas, sempre haverá um gostinho especial num derby”.
4. Steve Bruce e Eric Cantona (Getty Images) |
Ficha técnica
da partida:
Manchester
United 5 (Andrei Kanchelskis-3, Eric Cantona, Mark Hughes) Manchester City 0
Premier
League
10 de
novembro de 1994
Local: Old
Trafford
Público: 43.378
Manchester United: Peter Schmeichel, Roy Keane, Denis
Irwin, Steve Bruce, Andrei Kanchelskis, Gary Pallister, Eric Cantona, Paul Ince,
Brian McClair, Mark Hughes, Ryan Giggs (Paul Scholes).
Manchester City: Simon Tracey, Richard Edghill, Terry Phelan,
Garry Flitcroft, Ian Brightwell, Michel Vonk, Nicky Summerbee, Paul Walsh, Naill
Quinn, Steve Lomas, Peter Beagrie. *
* Por
Alex Murphy ©, Revista Total Football (2000) ©.
5. Mark Hughes (Getty Images) |
Tradução:
Sandro Pontes
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