Stan
Cullis foi um grande jogador e capitão nato tanto dos Wolves quando da
Inglaterra e sua carreira como jogador poderia ter sido muito mais vitoriosa se
não fosse a grande pausa no futebol profissional devido à Segunda Guerra
Mundial.
Encerrou
a carreira e, após um breve período como assistente de treinador, assumiu o
time e guiou os Wolves durante a sua era mais dourada.
Antes
de passar ao texto, propriamente dito, durante a tradução, houve um termo
“Wulfrunian” que merece uma explicação melhor acerca dele (uma pitada de
cultura e geografia inglesa para vocês), extraída do Dicionário Urbano - Urban Dictionary online version -: “um
orgulhoso membro da comunidade Black Country (dentro da população britânica),
afortunado o suficiente de ter nascido dentro dos limites da gloriosa e
ensolarada Wolverhamtpon”.
Ou
seja, Wulfrunian é o gentílico dos nascidos em Wolverhampton (como, por
exemplo, a pessoa nascida em Cutitiba é curitibana).
Já
Black Country é a parte das Midlands próximo à Birmingham (onde está
localizada, dentre outras cidades, Wolverhampton).
Conheçam
um pouco mais da sua carreira ao ler o breve texto abaixo.
Boa leitura.
1. Stan Cullis (Media Storehouse) |
A
marcha de Hitler sobre a Europa significou que o sonho de uma carreira mais
longeva pelos Wolves, de Stan Cullis, não se realizaria como planejada.
Mas
o homem, que era uma figura familiar na zaga central antes da eclosão das
hostilidades, estava preparado para qualquer tipo de desapontamento que a longa
inatividade trouxesse.
Cullis,
recrutado para Molineux ainda jovem do Shrosphire Town, Porto de Ellesmere, no
qual muitos Wulfrunians migraram em busca de trabalho, era único.
Ele
foi nomeado capitão dos Wolves ainda adolescente e da Inglaterra aos 22 anos.
Claramente
suas qualidades de liderança foram percebidas rapidamente e muito cedo tanto
pelo clube quando pelos recrutadores da Inglaterra.
2. Da esquerda para a direita: Stan Cullis, já treinador, com Ron Flowers e Bill Slater (Pinterest) |
Os anos
de glória dos Wolves chegaram consideravelmente tarde, após Cullis já ter
encerrado a carreira e sido guindado ao posto de treinador com apenas 32 anos.
O
que poucos lembram é que voos similares poderiam ter sido alcançados uma
temporada ou duas antes da guerra, mas acabaram escapando pela ponta dos dedos
quando os Wanderers, do Major Frank Buckley, terminaram duas vezes na segunda
posição da Liga e perderam de forma surpreendente para o Portsmouth a final da
FA Cup de 1939.
Por
pouco Cullis não ergueu troféus também como capitão...
Cullis
ficou um curto período como assistente de Ted Vizard antes de assumir o posto
de treinador principal da equipe. E, por mais de uma década e meia, ele fez
muito mais que o proverbial “governar com o bastão”.
Com
propalado desejo de ver o jogo ser desempenhado de maneira simples, ele
brilhantemente controlou a decolada do time de Molineux no pós-guerra.
Primeiro
veio a FA Cup, que o Wolverhampton não ganhava desde 1908. Então, para grande
tristeza dos seus vizinhos do West Brom, os Wolves se tornaram campeões da Liga
pela primeira vez em 77 anos de história.
Dois
outros títulos e mais uma FA Cup se seguiram nos seis anos seguintes quando o
clube disputou com o Manchester United a primazia de ser o maior time da
Inglaterra.
A linha
de produção de talentos parecia sem fim e os Wolves, proclamados campeões
mundiais pelo seu treinador após bater o Honved no mais famoso amistoso noturno
em Molineux, se tornaram participantes regulares em competições europeias
organizadas pela Uefa naquela década.
4. Card de Stan Cullis (Beyond the Last Man) |
Ficha técnica:
Stanley Cullis
Nascimento: 25 de
outubro de 1916 em Ellesmere Port, Inglaterra
Falecimento: 28 de
fevereiro de 2001 em Malvern, Inglaterra
Carreira no
Wolverhampton Wanderers: 1934-1947
Aparições pelo
Wolverhampton Wanderers: 171
Gols: 0
Aparições pela
Inglaterra: 12
Aparições pela
Inglaterra em tempo de guerra: 20
Aparições pela Seleção
da Liga (England XI): 3*
* When
Football Was Football: Wolves, a nostalgic look at a century of the club - David
Instone ©.
5. Mapa da região Black Country e suas principais cidades (Pinterest) |
Tradução:
Sandro Pontes
Nenhum comentário:
Postar um comentário