Queens Park Rangers – Temporada 1975-76

O Liverpool começava a emergir como o excelente time que dominaria grande parte da década de 70 e também a de 80, tanto no futebol inglês como no europeu, ao ter ganho recentemente os títulos da Liga da temporada 1972-73, da Copa da Uefa na mesma temporada, a FA Cup de 1973-74 e ainda ganharia, novamente a Copa da Uefa ao término desta temporada (1975-76).

O seu principal concorrente pelo título da Liga foi o QPR que montou um dos melhores times da sua história sob a batuta de Dave Sexton e jogadores do quilate de um Gerry Francis ou de um Frank McLintock a comandar as ações dentro de campo.

Os dois times lutaram ferozmente, rodada a rodada, pelo cobiçado troféu.

Infelizmente uma tarde infeliz em Carrow Road, a três rodadas do fim da temporada, onde tudo deu errado, selou o destino do campeonato.

Apesar da dor da perda esta foi a melhor campanha do QPR na história da Liga.

Para maiores detalhes, leiam o texto abaixo.

Boa leitura.

1. Gerry Francis (Getty Images)

Hoops, sonhos destroçados

Não fosse uma tarde de pesadelo em Carrow Road, o Queens Park Rangers teria sido coroado campeão em maio de 1976 – e eles poderiam estar entre os mais populares ganhadores de títulos da história.

Os Rangers, treinados pelo criterioso Dave Sexton, emergiram praticamente de lugar nenhum para desafiar a hegemonia do Liverpool no meio dos anos 1970s.

Uma sólida defesa baseada em Frank McLintock e Dave Webb e mais Phil Parkes dominante embaixo das traves.

2. Card de Gerry Francis (Premier Football Cards)

E eles estavam abençoados pela habilidade no meio de campo e no ataque: o capitão da Inglaterra, Gerry Francis, era muito veloz; Don Givens liderava a linha ofensiva com astúcia; Don Masson chutava a bola de todos os cantos de Loftus Road; Dave Thomas era um hábil ponta da velha guarda e o melhor deles era Stanley Bowles.

E ele passou a maior parte da temporada com dor de barriga por uma possível transferência, que não se concretizou.

Os Rangers foram consistentes durante toda temporada ganhando 15 dos seus últimos 17 jogos, mas as fissuras começaram a aparecer quando a linha de chegada já estava à vista.

3. Pôster de Stan Bowles editado pela revista Shoot (Pinterest)

Restando três partidas para o fim da temporada, os Rangers tinham o título ao seu alcance se eles vencessem estes três últimos confrontos.

Mas então veio o dia ruim em Norfolk. Eles perderam por 3 a 2 e esta foi a única brecha que o Liverpool precisava.

John Hollins, que jogou um papel crucial no meio de campo, disse à Total Football: “Você pode olhar para vários jogos onde desperdiçamos pontos, mas aquele jogo contra o Norwich foi onde, de fato, perdemos o título.

 

4. Stan Bowles em ação pelos Rangers (EMPICS)

Tudo esteve contra nós e nunca tivemos uma pausa. O primeiro gol deles foi através de um belo chute a uns 28 metros de distância que ainda desviou num dos nossos jogadores, o último gol foi impedido – e ainda teve Gerry Francis acertando a trave deles quando faltavam cinco minutos para o término do jogo. Isto não poderia estar acontecendo com a gente, eu pensava”.  

Mas ainda havia uma disputa intensa entre os dois times.

O destino do campeonato foi decidido na última partida, o Liverpool jogando fora de casa contra os Wolves.

5. Dave Thomas (Bon Thomas/Getty Images)

Os Reds precisavam vencer para ultrapassar os Rangers e, aos 13 minutos, os Wolves estavam vencendo por 1 a 0.

Então o Liverpool, como sempre fizera naqueles dias, reagiu e virou o jogo para 3 a 1.

Como consequência, o resultado rebaixou os Wolves. Já os Rangers perderam o título pela menor das margens, mas esta permanece como a melhor de todas as performances do clube numa temporada de Liga.

6. Card de Dave Thomas (The Trading Card Database)

“Mas, por um mísero ponto, nós poderíamos ter sido campeões”, disse Hollins. “Não se fazem mais temporadas como aquela”, complementa John.

Artilheiro da equipe: Don Givens, 13 gols.

O colega de time, e jogador da Seleção da Irlanda, John Hollins, disse: “Don era um jogador ardiloso.

 7. Don Givens (Pinterest)

Ele não era especialmente veloz, mas uma vez em que a bola estivesse em jogo ele chegava nela.

Don era muito bom com os dois pés, além de conseguir ganhar disputas de bola no jogo aéreo. E também não era ruim nos cruzamentos de bolas a partir da linha de fundo”.

Jogadores-chave: Gerry Francis, Stan Bowles, Dave Thomas.

8. Card de Don Givens (The Trading Card Database)

Colocação final dos seis primeiros colocados na temporada 1975-76, 42 partidas disputadas, cada vitória valendo 2 pontos):

1º Liverpool – 60 Pontos; 23 vitórias; 14 Empates; 5 Derrotas; 66 Gols Marcados; 31 Gols Sofridos;

2º Queens Park Rangers – 59 Pontos; 24 vitórias; 11 Empates; 7 Derrotas; 67 Gols Marcados; 33 Gols Sofridos;

3º Manchester United – 56 Pontos; 23 vitórias; 10 Empates; 10 Derrotas; 68 Gols Marcados; 42 Gols Sofridos;

9. Time do QPR da temporada 1975-76. Segunda fileira, em pé (esquerda para a direita): Steve Jones, Tom Cunningham, Tony Tagg, Don Givens, Martyn Busby, Phil Parkes, David Webb, Keith Pritchett, Richard Teale, Ron Abbott, Mick Leach, Don Shanks, Stan Bowles, Gerry Francis. Primeira fileira, sentados (esquerda para a direita): Ian Gillard, Don Masson, John Beck, Danny Westwood, Frank McLintock, John Hollins, Don Rogers, Dave Thomas, Dave Clement (Football Whispers)

4º Derby County – 53 Pontos; 21 vitórias; 11 Empates; 10 Derrotas; 75 Gols Marcados; 58 Gols Sofridos;

5º Leeds United – 51 Pontos; 21 vitórias; 9 Empates; 12 Derrotas; 65 Gols Marcados; 46 Gols Sofridos; e

6º Ipswich Town – 46 Pontos; 13 vitórias; 19 Empates; 10 Derrotas; 68 Gols Marcados; 42 Gols Sofridos. 

Alex Murphy©, Revista Total Football ©.

10. Capa do DVD comemorativo do QPR que relembra a bela temporada de 1975 76 (Independent RS)

Tradução: Sandro Pontes