quinta-feira, 7 de maio de 2020

Primeiro presidente-treinador de um clube da Football League

Ron Noades fez história em julho de 1998, quando assumiu o comando do Brentford City, dentro e fora das quatro linhas.  

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Ron Noades (Getty Images)

Ron Noades, o ex-presidente do Crystal Palace se tornou presidente e treinador do Brentford em 1º de julho de 1998 levou o clube da Division Three para a Division Two.

Ele renunciou ao controle do clube em 20 de novembro de 2000.

Em janeiro de 2006 ele vendeu a maioria das suas ações para o grupo de torcedores chamado Bees United.

2. Ron Noades comandando o time em 28 de agosto de 2000, contra o Bristol Rovers (Getty Images)

Os empréstimos de Noades para o clube foram ressarcidos por Matthew Benham, atual proprietário do clube, em 2007.

Noades, que não era fumante, faleceu em decorrência de um câncer no pulmão em 24 de dezembro de 2013 em Purley, Londres, aos 76 anos. *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

3. Ron Noades e equipe com o troféu da Division Three (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Wolverhampton Wanderers – O estranho hat-trick em Molineux

Um jogo com três gols de camisa 9, mas que não entrou para a história do autor(es) da façanha (e não foi gol contra as próprias redes).

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Capa do programa oficial da partida (eBay)

Houve um hat-trick incomum quando os Wolves bateram o Portsmouth por 3 a 2 pelo replay da Terceira Rodada da FA Cup em 12 de janeiro de 1965 em Molineux.

Foi uma tarde onde foram feitos três gols por um jogador vestindo a camisa 9.

Até aí nada de anormal, mas o fato é que não houve um hat-trick naquela tarde, pois Ray Crawford iniciou a partida jogando com a camisa 10, mas retornou do intervalo vestindo a camisa 9.

2. Hughie McIlmoyle, autor dos dois primeiros gols dos Wolves (Blog Wolves Heroes)

E como o centroavante Hughie McIlmoyle não havia trocado a sua, o time jogou o segundo tempo inteiro com dois camisas 9 em campo.

McIlmoyle marcou dois gols no primeiro tempo e Crawford foi Às redes no segundo tempo para fechar o placar do confronto, além de anotar o estranho hat-trick dos camisas 9. *

* Wolves Miscellany – Wanderers Trivia, History, Facts & Stats de John Hendley. ©

3. Ray Crawford em foto de 1964 (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

terça-feira, 5 de maio de 2020

Primeiro jogador de £20 milhões na Inglaterra

Em 1979 Brian Clough chocou o futebol britânico quando contratou Trevor Francis por £1 milhão, o primeiro jogador a alcançar tal cifra.

18 anos depois, Arsène Wenger contratou um compatriota seu, junto ao Paris Saint Germain, pagando 20 vezes mais.

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Chegada de Nicolas Anelka nos Gunners, fotografado ao lado de Arsène Wenger (Getty Images)

Nicolas Anelka foi contratado pelo Arsenal em fevereiro de 1997 e rapidamente causou uma ótima impressão, tanto entre os jogadores quando na torcida dos Gunners.

Infelizmente nem sempre foi uma boa impressão.

Ele recebeu o apelido de “O Incrível Sulk (algo como amuado, emburrado em inglês, um trocadilho com o Incrível Hulk)” após ele marcar um hat-trick no primeiro de tempo do jogo contra o Leicester City em 20 de fevereiro de 1999, mas ter um desempenho miserável e nervosa na segunda etapa da partida (vitória de 5 a 0 dos Gunners).

Ao fim da primeira temporada de Anelka nos Gunners, ele foi eleito o Jogador Jovem do Ano pela Associação dos Jogadores Profissionais (tal premiação é concedida para jogadores abaixo dos 23 anos).

2. Esquerda para a direita segurando a taça: Marc Overmars e Nicolas Anelka, os heróis da FA Cup de 1998 (Getty Images)

Pouco tempo depois ele partiu de Highbury, vendido ao Real Madrid por £23,5 milhões, mas não se adaptou ao estilo de jogo do time espanhol e foi vendido ao Paris Saint Germain no ano seguinte.

Não foi somente nos times que Nicolas Anelka não conseguiu se dar bem, como relembra sua ex-namorada Beth Moutrey:

Nos acostumamos a ter noites românticas assistindo filmes... com o seu agente! Nós só saímos para ir ao Tesco. Era embaraçosos: eu vestida para sair numa noite romântica, mas no fim acabava indo à peixaria de um supermercado”. *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

3. Card de Nicolas Anelka (Comc/eBay)

Tradução: Sandro Pontes

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Manchester United – Belfast Boy nas cédulas

Tão grande era a idolatria de George Best na Irlanda do Norte que um banco local lançou, por ocasião do aniversário de um ano da morte, uma cédula comemorativa de £5.

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Cédula de £5 de George Best (eBay)

Em 27 de novembro de 2006 o Ulster Bank imortalizou o lendário George Best, ex Manchester United e Irlanda do Norte, numa cédula comemorativa de £5.

O banco lançou uma série limitada – foram impressas um milhão delas – para comemorar o primeiro aniversário da morte do homem que foi votado o maior jogador da história do Manchester United pelos torcedores dos Red Devils.

2. Esquerda para a direita: Cormac McCarthy, presidente do Ulster Bank com Dickie, pai de George, e Barbara McNarry, irmã do falecido jogador, no lançamento da cédula em 2006 (PA)

Esta homenagem retrata como o Belfast Boy era idolatrado pelos torcedores do Manchester United e da Irlanda do Norte.

Dickie Best, o pai de George, foi presenteado com a cédula número 1.000.000. *

* Manchester United Supporter’s Book - John White.

3. Dickie Best com a cédula comemorativa promocional (Paul Faith/PA Images/Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

domingo, 3 de maio de 2020

Primeiro treinador estrangeiro a ganhar uma copa na Inglaterra

Quando o Chelsea conquistou a sua segunda FA Cup em 1997 ao bater o Boro na final, os Blues acabaram com uma espera de 27 anos para conquistar a copa novamente.

Além da quebra do jejum, a conquista valeu muito para o treinador holandês Ruud Gulitt.

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Capa do programa oficial da partida (eBay)

No dia 17 de maio de 1997 Ruud Gullit se tornou o primeiro treinador estrangeiro a conquistar um troféu doméstico quando o seu Chelsea ganhou a FA Cup ao bater o Middlesbrough por 2 a 0 em Wembley.

Roberto Di Matteo e Eddie Newton marcaram os gols do triunfo dos Blues.

Esta foi a segunda conquista do Chelsea, que foi voltou a conquistar o torneio após 27 anos de jejum.

A campanha dos Blues até a final foi a seguinte:

A caminha começou com uma vitória por 3 a 0 sobre o West Bromwich Albion em 4 de janeiro de 1997, pela Terceira Rodada em Stamford Bridge.

2. Roberto Di Matteo chutando para marcar o seu gol na final (Getty Images)

Depois, novamente em Stamford Bridge, os Blues derrotaram o Liverpool por 4 a 2 pela Quarta Rodada em 26 de janeiro.

A rodada seguinte foi muito dura e os Blues precisaram do replay para despachar o Leicester City: em 16 de fevereiro houve um empate por 2 a 2 em Filbert Street, dez dias depois o Chelsea bateu os Foxes por 1 a 0 em Londres.

Nas Quartas de Final o Chelsea viajou até Fratton Park para enfrentar o Portsmouth, batendo o adversário por 4 a 1 em 9 de março.

A partida de semifinais, disputada em 13 de abril envolveu um adversário londrino em Highbury, onde o Chelsea bateu o Wimbledon sem maiores dificuldades por 3 a 0 e carimbou a sua passagem para Wembley.

3. Eddie Newton marcando o segundo gol da partida (Getty Images)
   
Ficha técnica da final:

Chelsea 2 (Roberto Di Matteo, Eddie Newton) Middlesbrough 0

Final da FA Cup

Local: Wembley Stadium

Data: 17 de maio de 1997

Público: 79.160

Chelsea: Frode Grodas, Steve Clarke, Frank Leboeuf, Frank Sinclair, Dan Petrescu, Scott Minto, Roberto Di Matteo, Eddie Newton, Dennis Wise, Mark Hughes, Gianfranco Zola (Gianluca Vialli).

Middlesbrough: Ben Roberts, Gianluca Festa, Curtis Fleming, Nigel Pearson, Clayton Blackmore, Emerson, Juninho, Robbie Mustoe (Steve Vickers), Phil Stamp, Craig Hignett (Vladimir Kinder), Fabrizio Ravanelli (Mikkel Beck). *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

4. Ruud Gullit erguendo o troféu que lhe valeu entrar na história do futebol inglês (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

sábado, 2 de maio de 2020

Derby County – Andando na corda bamba

A sofrível temporada de 2001-02 viu os Rams quebrarem um recorde em sua história, mas negativo: foi a primeira vez em que o clube teve três treinadores ao longo da campanha.

Estas trocas não poderiam resultar em outra coisa que não o rebaixamento, com o clube terminando na 19ª colocação da Premier League daquela temporada.

Maiores detalhes abaixo.

1. Jim Smith, de paletó e gravata, durante a partida contra os Red Devils em Old Trafford em 5 de maio de 2001 (Getty Images)

Se livrar do treinador é um sinal de que as coisas não estão indo bem.

Mudar o ocupante do cargo de comandante do time duas vezes numa temporada sugere uma crise.

Pela primeira vez em sua história os Rams tiveram três treinadores diferentes, durante a campanha 2001-02.

Jim Smith começou à frente da equipe no início da temporada, mas após o time fracassar em conseguir uma única vitória em dois meses, apesar de ter iniciado a temporada com um trinfo sobre o Blackburn Rovers, ele foi mandado embora em outubro.

2. Colin Todd orientando Fabrizio Ravanelli durante o confronto contra os Spurs em White Hart Lane (Getty Images)

Com a saída de Smith, Colin Todd, o então assistente do treinador demissionário, assumiu o desafio de recolocar o time no caminho das vitórias.

Todd conseguiu apenas quatro triunfos em 15 jogos de Premier League antes de outro queridinho da torcida, John Gregory, chegar coma intenção de livrar o time do descenso.

Ele não conseguiu salvar os Rams naquela sofrível temporada. *

* Derby County Miscellany de Phil Matthews e Gareth Davies ©.

3. John Gregory fotografado no Pride Park em 9 de fevereiro de 2002 durante a partida contra o Sunderland. Os Black Cats ganharam por 1 a 0 (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Último time a vestir numeração tradicional na Premier League

A partir da criação da Premier League o futebol passou a ser tratado com um grande negócio e os clubes, consequentemente, começaram a encontra meios para aumentar as suas receitas.

Uma das primeiras coisas vistas, após a negociação dos contratos de direitos televisivos, foi o fim da numeração fixa das camisas (o tradicional 1 a 11), pois com a possibilidade dos torcedores comprarem e personalizarem as camisas ficaria complicado eles adquirirem uma camisa número 5 do jogador X e na semana seguinte ele estar vestindo a 8.

As camisas passaram a ter um número único para toda a temporada, ou seja, se o jogador vestir a camisa 16 no início da temporada ele iria até o fim com este mesmo número.

Tudo isso para potencializar as vendas de camisas para os torcedores.

O Charlton Athletic foi o último clube a utilizar as camisas coma numeração clássica – 1 a 11 – em agosto de 1998.

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Neil Redfearn, em primeiro plano, entrando em campo para a partida contra os Saints (Getty Images)

Com o advento da Premier League veio junto a crescente comercialização do futebol, bem como a negociação dos diretos de transmissão televisiva.

A partir daí os clubes perceberam que eles poderiam conseguir dinheiro dos seus torcedores através da venda de réplicas das suas camisas de jogo.

Por algumas libras a mais, o torcedor poderia personalizar a sua camisa com o número e o nome do seu jogador favorito nas costas, mas se o jogador vestisse a camisa oito numa semana e a nove na outra?

Foi assim que surgiram as camisas com numeração fixa para a temporada.

2. John Robinson é derrubado por Matt Oakley durante o confronto entre as duas equipes (Getty Images)

O último time utilizar camisas numeradas de 1 a 11 na Premier League foi o Charlton Athletic, nas duas primeiras rodadas da Premier League 1998-99, antes deles adotarem o padrão de numeração fixa para toda a temporada.

Os Addicks venceram sua última partida com a numeração tradicional ao baterem o Southampton por 5 a 0 no The Valley em 22 de agosto de 1998.

Marcaram para os anfitriões John Robinson, aos três minutos e Neil Redfearn a um minuto após o retorno do intervalo.

Depois o que se viu foi um show particular de Clive Mendonça, que marcou um hat-trick, gols aos 65, em cobrança de pênalti, 81 e 92 minutos para marcar a despedida da numeração tradicional das camisas dos Addicks em grande estilo.

3. Bola no fundo das redes após a cobrança de pênalti de Clive Mendonça, que fechou o placar (Getty Images)

Ficha técnica da partida:

Charlton Athletic 5 (John Robinson, Neil Redfearn, Clive Mendonca) Southampton 0

Premier League

Local: The Valley

Data: 22 de agosto de 1998

Público: 21.716

Charlton Athletic: Sasa Ilic, Danny Mills, Richard Rufus, Eddie Youds, Chris Powell, Mark Kinsella (Keith Jones), Shaun Newton (Paul Mortimer), Neil Redfearn, John Robinson, Andy Hunt, Clive Mendonça.

Southampton: Paul Jones, Jason Dodd, Scott Hiley, Richard Dryden, Claus Lundekvam, Wayne Bridge (Matt Le Tissier), Matt Oakley (David Howells), Carlton Palmer, Stuart Ripley, Mark Hughes, Egil Ostenstad (James Beattie). *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

4. Jogadores dos Addicks comemorando um dos gols da partida. Clive Mendonça é o primeiro da esquerda para a direita (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Wolves neste dia