sábado, 29 de junho de 2019

Cardiff City – A origem do apelido dos Bluebirds


Que o Cardiff City é conhecido como Bluebirds é do conhecimento de todos (ou da maioria), mas a origem deste apelido é do conhecimento de poucos, especialmente se não for torcedor do simpático time azul de Cardiff.

Basicamente a origem do apelido tem a ver com uma peça teatral e o seu autor, poeta e dramaturgo, Maurice Maeterlinck, pouco depois da apresentação dela em Cardiff, foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura!

Descubram maiores detalhes ao ler o texto abaixo.

Boa leitura.

1. Jovens torcedores dos Bluebirds posam para foto com a mascote do clube antes da partida da FA Cup contra o Manchester City em 28 de janeiro de 2018 (Getty Images)

Uma peça realizada em novembro de 1911 no New Theatre de Cardiff levou o Cardiff City a ser apelidado de Bluebirds (pássaros azuis em tradução literal).

A peça, de autoria do belga Maurice Maeterlinck, era “O Pássaro Azul (The Blue Bird)” e o tema dela era sobre crianças que tentavam aprisionar o Pássaro Azul, um símbolo da felicidade, numa gaiola.

A finalidade da peça de Maeterlinck era mostrar que a felicidade não pode ser aprisionada e que ele existe para todos aqueles desejam dela partilhar.

2. Maurice Maeterlinck (Alamy Stock Photo)

Pouco depois do encerramento da exibição da peça no New Theatre, Maeterlinck foi premiado com o Prêmio Nobel da Literatura pelos seus vários trabalhos na área.

Houve uma considerável quantidade de publicidade sobre o fato pela imprensa local quando a peça tinha acabo de sair de Cardiff, e os torcedores do Cardiff City, então na sua segunda temporada profissional, começaram a chamar o seu time de camisas azuis de “The Blue Birds” e o nome, gradualmente, foi reduzido para Bluebirds. *

* Cardiff City Miscellany: Bluebirds Trivia, History, Facts & Stats - Richard Shepherd ©.

3. Cartaz da peça The Blue Bird de 1909 (Pinterest)

Tradução: Sandro Pontes

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Sheffield Wednesday – Jogos Natalinos

Até fins dos anos 1950s os times da Football League tinham que jogar partidas no dia de Natal, ocasião em que tais jogos deixaram de ser disputados por uma questão de bom senso.

O Wednesday, no total, jogou 31 partidas nesta data especial com dez vitórias, nove empates e 12 derrotas, marcando 56 e sofrendo 60 gols nestes confrontos.

Na matéria vocês verão o termo “Devon” então, como nem todos conhecem a geografia britânica faremos um breve esclarecimento (extraído do Wikipedia):

Devon, também conhecida como Devonshire, que anteriormente era o seu nome oficial, é um condado localizado no Sudoeste da Inglaterra (no Brasil seria conhecido como um município), indo desde o Bristol Channel no norte até o English Channel no sul, faz fronteira com Cornwall no oeste, Sommerset no nordeste e Dorset no leste”.

A distância, entre as duas cidades é de 406 quilômetros aproximadamente (252 milhas, que convertidas para quilômetros resultou em 405,555 quilômetros, portanto, arredondou-se para cima), por isso a exclamação na narrativa do autor original (pois Sheffield está no lado norte da Inglaterra).

Feitos estes esclarecimentos, saibam maiores detalhes ao ler o texto abaixo.

1. Um dos primeiros distintivos do Wednesday (The Football Crest Index)

Feliz Natal, Owls!

Por muitas décadas os clubes da Football League deveriam jogar regularmente no dia de Natal, geralmente com o apito inicial sendo no período da manhã.

Pouco antes da Grande Guerra os Owls tiveram compromisso com um time londrino, enquanto em 1937 o time (e mais alguns torcedores obstinados) foram chamados a cumprir um jogo válido pela Second Division incluindo todo caminho até Plymouth – em Devon!

O revés caseiro por 6 a 2 para o Blackpool em 1924 permaneceu como a pior derrota dos Owls em partidas como mandante até 1992, enquanto o jogo com o Forest atraiu 61.187 espectadores a Hillsborough, uma das maiores bilheterias para uma partida de Liga na história dos dois times.

2. Time do Sheffield Wednesday da temporada 1913-14 (Bob Thomas/Popperfoto/Getty Images)

As partidas natalinas foram extintas no fim dos anos 1950s e os Owls disputaram 31 jogos de Natal:

1893 – Bolton Wanderers - Burnden Park – 1 a 1;

1897 – Stoke City – Hillsborough – 4 a 0;

1899 – New Brighton Tower - Tower Athletic Ground – 2 a 2;

1906 – Derby County – Hillsborough – 1 a 1;

1908 – Sheffield United – Hillsborough – 1 a 0;

1909 – Manchester United – Old Trafford – 3 a 0;

1911 – Blackburn Rovers – Ewood Park – 0 a 0;

1912 – Sunderland – Hillsborough – 1 a 2;

3. Time do Sheffield Wednesday da temporada 1953-54 (eBay)

1913 – Chelsea – Stamford Bridge – 1 a 2;

1914 – Tottenham Hotspur – Hillsborough – 3 a 2;

1919 – Bradford City - Valley Parade – 1 a 1;

1920 – Notts County – Hillsborough – 1 a 1;

1922 – Bradford City – Hillsborough – 2 a 2;

1923 – Coventry City – Highfield Road – 1 a 5;

1924 – Blackpool – Hillsborough – 2 a 6;

1925 – Bradford City – Valley Parade – 4 a 1;

1926 – Bury – Gigg Lane – 0 a 2;

1928 – Manchester City – Hillsborough – 4 a 0;

1929 – Everton – Goodison Park – 4 a 1;

4. Programa oficial de um jogo natalino do ano de 1950 do QPR (QPR Report)

1931 – Liverpool – Anfield – 1 a 3;

1934 – Birmingham – Hillsborough – 2 a 1;

1936 – Brentford - Griffin Park – 1 a 2;

1937 – Plymouth Argyle - Home Park – 4 a 2;

1946 - Bury – Gigg Lane – 2 a 4;

1948 – West Bromwich Albion – The Hawthorns – 0 a 1;

1950 - West Bromwich Albion – The Hawthorns – 3 a 1;

5. Condado de Devonshire no Sudoeste da do Reino Unido (Wikipedia)

1951 – Nottingham Forest – Hillsborough – 1 a 1;

1953 - Manchester United – Old Trafford – 2 a 5;

1954 – Charlton Athletic – The Valley – 0 a 3;

1956 – Birmingham City – St Andrews – 0 a 4; e

1957 – Preston North End – Hillsborough – 4 a 4. *

* Sheffield Wednesday Miscellany - Jason Dickinson ©.

6. Condado de South Yorkshire no Norte do Reino Unido (Wikipedia)
Tradução: Sandro Pontes

Alan Morton – Rangers

Alan Morton foi um dos primeiros grandes ídolos dos Rangers da primeira metade do Século XX (atuou entre 1920 até 1933).


De estatura diminuta, porém extremamente habilidoso, Morton infernizou defesas adversárias por toda a Escócia, além de ganhar o apelido de Pequeno Demônio Azul por conta de suas atuações endiabradas com a camisa da seleção nacional.


Conheçam um pouco da história de Alan Morton ao ler o breve texto abaixo.


Boa leitura.


1. Card de Alan Morton (Getty Image)

Todo visitante que entra através da porta central de Ibrox pode ver o famoso retrato de Alan Morton no topo da igualmente famosa escadaria de mármore.

Morton foi a primeira contratação de Bill Struth no clube em 1920 e a sua fotografia em lugar de destaque no estádio é um testemunho do seu legado nos Rangers.

Como resultado desta associação, os métodos de treinamento intuitivos de Struth e a combinação com um conjunto de jogadores de nível internacional (pelo menos Bob McPhail e David Meiklejohn se enquadravam neste quesito), Rangers saboreou um período de crescimento sustentável.

Entre os pontos culminantes incluem-se a famosa vitória na Scottish Cup de 1928 contra o Celtic no qual os Rangers encerraram uma espera de 25 anos para vencer o torneio com uma sonora goleada por 4 a 0 sobre o rival.

Morton fez sua estreia pelos Rangers contra o Airdrieonians em 17 de agosto de 1920, e disputou sua última partida contra o mesmo oponente em 7 de janeiro de 1933 (jogo em que ele marcou).

2. Retrato de Alan Morton em Ibrox (Site Rangers)

O diminuto ponta tinha apenas 1,63 metros, mas aterrorizava defesas em toda a Escócia e, durante os seus 13 anos como jogador em Govan, o clube conquistou 10 títulos da First Division e dois da Scottish Cup.

O ex-jogador do Queen Park Rangers demonstrou todo o seu inigualável talento com a camisa azul escura da Escócia, bem como na azul clara dos Rangers.

Das suas 31 aparições pela Escócia, 11 delas foram contra o Velho Inimigo do Sul e ele ganhou o apelido de Pequeno Demônio Azul (Wee Blue Devil) após sua fantástica exibição contra a Inglaterra em 1928 quando os Mágicos de Wembley bateram os anfitriões por 5 a 1.

Após a aposentadoria ele foi diretor dos Rangers de 1933 até a sua morte em 1971.

3. Card de Alan Morton (Premier Football Cards)

Ficha técnica:

Alan Lauder Morton

Nascimento: 24 de abril de 1893 em Glasgow, Escócia


Falecimento: 12 de dezembro de 1971 em Airdrie, Escócia


Período nos Rangers: 1920-1933


Aparições pelos Rangers: 495


Gols: 115


Aparições pela Seleção da Escócia: 31


Gols pela Seleção da Escócia 5 *

 * When Football Was Football: Rangers, a nostalgic look at a century of the club - Ronnie Esplin ©.

4. Moeda comemorativa de Alan Morton (Worth Point)

Tradução: Sandro Pontes

Paul McStay – Celtic



Série Grandes Jogadores
 

Um dos grandes jogadores a envergar a camisa do Celtic nos anos 1980s e grande parte dos 1990s (até uma grave lesão no tornozelo o obrigar encerrar sua carreira) foi Paul McStay.


Um jogador refinado, com excelente visão de jogo e passes precisos para os companheiros o que acabou lhe valendo o apelido de Maestro.


Conheçam mais um pouco sobre ele ao ler o texto abaixo.


Boa leitura.


1. Paul McStay (Alamy Stock Photo)


Paul McStay foi um dos mais consistentes e excepcionais jogadores do Celtic nos anos 1980s 1990s. Sua criatividade e imaginação com a bola nos pés ficou evidente desde a sua estreia aos 17 anos em 1982 até quando ele foi obrigado a se aposentar em virtude de uma séria lesão no tornozelo.

Bem como a sua propensão de por a bola nas redes com estilo, uma habilidade que ele dividia com Kenny Dalglish, um dos seus predecessores no Celtic, ele igualmente encantou os seus companheiros de time ao trabalhar assiduamente para criar chances de gols para eles.

Seu papel no time era o de usar suas refinadas habilidades para proporcionar belas jogadas para seus companheiros, mas na temporada de 1987-88, a do centenário do clube, quando todos no Celtic sentiram a necessidade de vencer a Liga para comemorara fundação do clube, McStay foi um dos mais consistentes jogadores da campanha tal como foram Roy Aitken e Paul Grant.

2. Paul McStay segurando dois cartazes anunciando a sua autobiografia “O Maestro” (The Sun)

Para aqueles que foram pegos de surpresa pela atitude destemida de McStay quando o clube ganhou aquele Double da Liga e da Scottish Cup, subestimaram a determinação que havia por baixo da superfície daquele homem dócil e geralmente reservado.

Embora fosse um jogador discreto, o posicionamento, a constante movimentação e a inteligência de McStay eram muito apreciadas pelos seus colegas de time, especialmente quando os tempos se tornaram mais duros para o Celtic, pois os vibrantes anos 1980s acabaram e os difíceis anos 1990s avançavam.

“Ele tinha visão de jogo, marcava gols, encorajava os companheiros. Ele fazia as coisas parecerem muito fáceis. ” Danny McGrain sobre Paul McStay

3. Paul McStay com a camisa da Escócia (Pinterest)

Ficha técnica:

Paul Michael Lyons McStay

Nascimento: 22 de outubro de 1964 em Hamilton, Escócia

Aparições pelo Celtic: 677

Gols pelo Celtic: 72
Aparições pela Seleção da Escócia: 76
Aparições pela Seleção da Escócia: 9*

* When Football Was Football: Celtic, a nostalgic look at a century of the club - Graham McColl ©.

4. Card de Paul McStay (Sportsworld Card)

 Tradução: Sandro Pontes

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