A
final da FA Cup de 1933, vencida pelos Toffees ao bater o Manchester City na
final traz a curiosidade de ter sido a primeira vez em que os times entraram com
uniformes mumerados para disputar o título.
Como
ambos os times vestiam azul, o que podia causar confusão no decorrer do jogo, a
solução encontrada foi a adoção dos números (mesmo com os Toffees tendo jogado a final com camisas brancas e calções azuis).
Portanto,
pela primeira vez numa final de copa, os jogadores vestiram camisas numeradas.
Maiores detalhes
abaixo.
Boa leitura.
1. Programa oficial da partida (eBay) |
O
Everton bateu o Manchester City na final de FA Cup por 3 a 0, ocasião que
também foi a primeira vez em que jogadores usaram uniformes com numeração.
O
Everton, começando com o goleiro Ted Sagar, usou os números de 1 a 11, enquanto
o City vestiu do número 12 ao 22, mas os Mancunians começaram com o ponta Eric
Brook vestindo a camisa 12 e a sequência terminava no goleiro Len Langford, que
vestiu o número 22.
A final
Cada
time jogou na formação típica da época: dois laterais, três meio-campistas e
cinco atacantes.
Com
a ausência de Fred Tilson do time do Manchester City, Alec Herd foi deslocado para a
usual posição de centroavante ocupada por Tilson e Bobby Marshall foi o eleito
para ocupar a vaga de segundo atacante pela direita.
Pelo
lado do Everton, Albert Geldard que estava machucado e não participaou das
semifinais foi escolhido para jogar na ponta direita e Ted Critchley, que
marcou o gol que decidiu as semifinais – contra o West Ham, vitória por 2 a 1
em Molineux - perdeu o seu lugar no time da final.
O Manchester
City teve a primeira oportunidade do jogo, mas a desperdiçou.
2. Sam Cowan e Dixie Dean liderando a entrada das suas equipes em Wembley (Getty Images) |
Rapidamente
o Everton começou a tomar controle do jogo, com Dean frequentemente levando
perigo aos Cityzens.
A
maioria dos ataques dos Toffees saíam pelo lado esquerdo do campo. Stein causou
muitos problemas a Sid Cann, lateral direito do Manchester City, tanto que Cann
foi obrigado a conceder escanteios em mais de uma ocasião.
Após
meia hora de jogo, o Everton teve a sua chance mais perigosa no jogo, quando o
forte chute de Stein foi defendido por Langford.
Pouco
depois outra chance foi desperdiçada, quando o cruzamento feito por Stein
cruzou toda a área do City e Dean, por centímetros, quando se atirou na bola,
não o alcança para empurra para o fundo das redes.
Dois
minutos depois, Langford tentou interceptar um cruzamento feito por Britton,
mas soltou a bola, pressionado na jogada por Dean. A bola caiu próxima a Stein,
que a empurrou para as redes vazias e dar a liderança no placar para o Everton
aos 41 minutos.
Os
times foram para o intervalo com esta vitória parcial por 1 a 0 para os
Toffees.
Os
times voltaram, mas não houve alterações significativas na dinâmica da partida,
pois o Everton continuou a controlar o jogo no segundo tempo.
3. O Duque de York cumprimentando jogadores do City antes do início do jogo (Getty Images) |
O
Manchester City ainda tentou vencer Ted Sagar com chutes de longa distância,
mas nenhum deles exigiu muito esforço do goleiro dos Toffees.
Sete
minutos jogados no segundo tempo e Langford falhou mais uma vez em segurar o
cruzamento feito por Britton e Dean acabou aproveitando a falha e foi às redes
dobrando, desta maneira, a vantagem do Everton na decisão.
O Manchester
City, já na base do desespero, tentou alguns ataques que acabaram não tendo
maiores consequências para os Toffees.
Como
ficou claro durante todo o decorrer do jogo, a defesa do Everton superou os
atacantes do Manchester City.
O Manchester Guardian destacou a bela
exibição de Warney Cresswell, descrevendo a sua atuação como “praticamente perfeita”.
Quando
faltavam dez minutos para o término do confronto, uma cabeçada de Dunn,
aproveitando uma cobrança de escanteio, aumentou a liderança do Everton para 3
a 0.
Momentos
antes do fim do jogo, Johnson teve a chance de fazer 4 a 0 para o Everton, mas
o árbitro apitou o final da partida antes da conclusão da jogada.
4. Lance da final em Wembley (Getty Images) |
Ficha
técnica da final:
Everton
3 (Jimmy Stein, Dixie Dean, James Dunn) Manchester City 0
Final
da FA Cup
Local:
Wembley Stadium
Data:
29 de abril de 1933
Público:
92.950
Everton:
Ted Sagar, Billy Cook, Warney Cresswell, Cliff Britton, Tommy White, Jock
Thomson, Albert Geldard, James Dunn, Dixie Dean (capitão), Tommy Johnson, Jimmy
Stein.
Manchester
City: Len Langford, Sid Cann, Bill Dale, Matt Busby, Sam Cowan (capitão), Jackie
Bray, Ernie Toseland, Bobby Marshall, Alec Herd, Jimmy McMullan, Eric Brook. *
* Firsts,
Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.
5. Dixie Dean com o troféu recém-conquistado (Getty Images) |
Tradução:
Sandro Pontes
Nenhum comentário:
Postar um comentário