Dois argentinos,
um inglês, um alemão e um francês constam da lista de privilegiados que conquistaram
a medalha de vencedor da copa do Mundo por suas seleções nacionais e já vestiram
a camisa dos Spurs (um ainda veste)!
Um já foi
descrito como um “jogador a frente dos eu tempo”, outro se considera, sem falsa
modéstia porque realmente foi, a melhor contratação da história de White Hart
Lane.
Um deles
fez um dos gols mais espetaculares da história do futebol inglês, enquanto o
outro superou uma grande rejeição que beirava à xenofobia com gols, muitos
gols!
E o último
é o pilar da defesa do time, capitão no clube e na sua seleção!
Como o livro, de onde foi traduzida a maior parte da matéria, é de 2012, os dados do campeão mundial mais recente, lforam retirados da Wikipedia na sua versão em língua inglesa.
Conheçam
maiores detalhes destes cinco jogadores fabulosos da história dos Spurs lendo o
texto abaixo.
Boa
leitura.
1. Martin Peters em ação durante a final da Copa de 1966 contra a Alemanha, onde faria um dos gols da decisão (Getty Images) |
Os
cinco campeões de Copa do Mundo que já jogaram ou jogam pelos Spurs
Martin Peters, Inglaterra 1966
Descrito
por Ron Greenwood, seu treinador da época de West Ham United, como sendo um
jogador “dez anos à frente do seu tempo”, Peters se mudou do leste de Londres
para se juntar aos Spurs em março de 1970 pelo, então, valor recorde de
£200.000 (com Jimmy Greaves indo para os Hammers como parte do acordo)
Peters
fez 260 aparições e marcou 76 gols pelos Lillywhites.
O
muito talentoso meio-campista, que deu origem ao tributo de Greenwood, se adaptou
muito bem em White Hart Lane e conquistou uma medalha de campeão da Uefa Cup e
duas da League Cup antes de se transferir para o Norwich City em fevereiro de
1975 por £40.000 como parte da limpeza promovida pelo treinador Terry Neill.
Entretanto
a decisão de Neill se mostrou prematura, pois Peters viria a jogar adicionais
232 partidas e marcar 50 gols com a camisa do Norwich City.
No
total Peters fez 67 aparições (quatro como capitão) com os Three Lions, marcando 20 gols, sendo o mais famoso deles o “outro”
gol da final da Copa do Mundo de 1966.
Em
1998, após uma carreira bem-sucedida nos negócios, ele retornou ao Tottenham
para se juntar à diretoria como um diretor não executivo (um cargo
administrativo).
3. Ossie Ardiles em ação contra Rob Rensenbrink durante a final da Copa do Mundo de 1978 contra a Holanda (Getty Images) |
Osvaldo Ardiles, Argentina 1978
Com
apenas 1,70m e pesando apenas 62 quilos, Ossie Ardiles parecia mais com o
advogado que ele estudou para se formar do que o extraordinário jogador
profissional que ele foi, mas em dois períodos nos Spurs ele se tronou uma das
lendas mais genuínas da história do clube.
Ardiles
foi o ponto de apoio do meio de campo do time campeão mundial de Cesar Menotti
e emergiu como um dos primeiros e mais bem-sucedidos estrangeiros do futebol
britânico.
Ossie
fez 293 aparições pelos Spurs e marcou 25 gols durante duas passagens pelos
Lillywhites entre 1978-82 e 1983-88, com um intervalo emprestado ao Paris Saint
Germain, por causa da Guerra das Malvinas (ou Falklands War, na visão inglesa).
Josè
Ardiles, um primo de Ardiles e tenente de voo e piloto da força aérea
argentina, foi morto em confronto.
Tommy
Smith, ex defensor do Liverpool, foi um dos tradicionais duros defensores
ingleses que salivou com a perspectiva de intimidar fisicamente o diminuto
Ardiles, declarando: “ele não pode esperar que não façamos faltas nele porque
ganhou a Copa do Mundo com a Argentina”.
4. Ossie Ardiles domina a bola observado por Gerry Gow do Manchester City, durante o replay da final da FA Cup de 1981 em Wembley (Getty Images) |
Rapidamente,
contudo, os oponentes viram que eles estavam lidando com um autêntico jogador
de classe mundial e que, tentar tomar a bola de Ardiles era, como disse Joe
Royle, o ex-herói do Everton, “tentar parar a areia”.
A
filosofia de futebol de Ardiles harmonizou-se com o lema de glórias do
Tottenham: “eu nunca vou abrir mão dos meus ideais, esteja em qual divisão que
estiver”, ele disse ao assumir o comando técnico do Swindon Town.
Eu
digo aos garotos para jogar como o Pelé”, não é o tipo de instrução, imagine
você, que foi ouvida frequentemente em County Ground.
Apesar
de ter se tornado um treinador inspirador, Ossie não era avesso aos holofotes.
Questionado
se pensava que Jürgen Klinsmann havia sido a maior contratação da história do
Tottenham, Ardiles respondeu ironicamente: “Não, fui eu!”.
Muitos
torcedores do Tottenham concordam totalmente com esta colocação.
5. Ricky Villa faz uma falta no brasileiro Chicão durante a partida entre as duas seleções na Copa do Mundo de 1978 em Rosário. A partida terminou empatada em 0 a 0 (Getty Images) |
Ricardo Villa, Argentina 1978
Ricky
Villa não durou tanto tempo em White Hart Lane como o seu compatriota, partindo
do clube em 1983 após 168 aparições e 25 gols, tampouco ele foi uma unanimidade
entre os torcedores dos Spurs.
Anterior
à sua chegada em julho de 1978, após ter feito duas entradas como substituto na
campanha da conquista da Copa do Mundo pelos argentinos, um comentarista
realçou uma deslealdade de Villa, observando que este não era o tipo de
comportamento “que as pessoas gostariam de ver no futebol inglês”.
Tal
miopia foi esquecida com o lance de habilidade, força e firmeza com a condução
da bola que ele mostrou no gol vencedor da final da FA Cup de 1981, Villa criou
uma marca indelével como herança no futebol inglês.
6. Ricky Villa prestes a marcar um dos gols mais espetaculares da história dos Spurs e do futebol inglês (Getty Images) |
“Eu
sempre fico impressionado com a reação das pessoas quando eu volto à Inglaterra
– eu sou mais reconhecido aqui do que na Argentina!”, disse Villa no evento de
aniversário de 25 anos da final de 1981.
“Sou
parado nas ruas e todos querem falar sobre o gol que eu marquei há muito tempo
atrás, mas nunca fico farto disto! É fenomenal que todo mundo relembra deste
momento maravilhoso da história do clube. Onde quer que eu vá na Inglaterra, as
pessoas me reconhecem e eles sempre dizem: Eu
vi o seu gol e ele é fantástico!”
“E
não são somente torcedores dos Spurs, tem os do Manchester United, do Liverpool
e até do Arsenal. Isto realmente significa muito para mim. É uma grande honra
ter feito parte da história do futebol inglês!”
7. Jürgen Klinsmann tenta tomar a bola de Diego Maradona durante a final da Copa do Mundo de 1990 na Itália (Getty Images) |
Jürgen Klinsmann, Alemanha 1990
Como
alemão, Klinsmann nunca seria, naturalmente, muito popular dos jogadores entre
alguns torcedores e jornalistas ingleses xenófobos, ainda mais pelo fato dele
ter a fama de ser um jogador que se atirava (mergulhava), o antagonismo ficou
mais evidente.
Mas
apesar disso apenas poucos jogos depois de chegar em Londres, “Klinsi” ganhou a
admiração até dos seus críticos mais ferrenhos.
Klinsmann
foi contratado junto ao AS Monaco em 29 de julho de 1994 por £2 milhões.
A
contratação se deu no principado, especificamente a bordo do luxuoso iate
Louisiana do presidente Alan Sugar, que o contrato foi firmado.
A
aquisição trouxe ecos das grandes contratações que trouxeram Ardiles e Villa
para o norte de Londres e revigoraram o clube que estava tropeçando em pífias
campanhas de meio de tabela e abalado por escândalos, deduções de pontos na
Liga e punições fora de campo decorrentes de pagamentos irregulares feitos pelo
clube nos anos 1980s.
Na
mesma época se juntou ao clube o romeno Ilie Dumitrescu e, ao lado de Teddy
Sheringham, Nick Barmby e Darren Anderton, Klinsmann se tornou a figura central
no que o treinador Ossie Ardiles definiu como o “ataque dos cinco famosos”.
8. A celebração de Jürgen Klinsmann após marcar o gol dos Spurs contra os Owls em Hillsborough em agosto de 1994 (Getty Images) |
Em
seu primeiro jogo, contra o Sheffield Wednesday em 20 de agosto de 1994,
Klinsmann teve uma atuação primorosa onde demonstrou toda a arte do ataque e estabelecendo
uma empatia instantânea com Sheringham, além de dar belos passes para os
companheiros de equipe que produziram um excitante vitória por 4 a 3, antes de ele
levar 11 pontos por um corte no lábio, em decorrência de um lance de jogo.
Klinsmann
marcou o quarto gol dos Spurs através de um potente cabeceio e então agiu como
um profissional de relações públicas muito competente, quando correu em direção
da torcida e comemorou mergulhando no gramado, fazendo a sua rejeição despencar
rapidamente.
Até
os torcedores do Sheffield Wednesday aplaudiram!
Apesar
do breve alvoroço no clube, quando Ossie Ardiles foi demitido em novembro e
substituído por Gerry Francis, Klinsmann marcou fabulosos 29 gols na temporada.
Ainda
que os seus sonhos de conquista de uma FA Cup tenha terminado em desilusão, com
os Spurs tendo sido batidos por 4 a 1 pelo Everton nas semifinais da competição,
o seu impacto foi enorme em White Hart Lane.
Eles
e foi como uma nuvem, exercendo o seu direito de permanecer apenas uma
temporada no clube e enfurecendo o presidente Alan Sugar que, numa entrevista
para a ITV, jogou uma camisa de Klinsmann num repórter e declarou furiosamente:
“eu não lavaria o meu carro com esta camisa!”
Dois
anos depois, entretanto, Klinsi estava de volta, emprestado por seis meses, e
marcou nove gols em 15 aparições que ajudaram a salvar os Spurs dum possível
rebaixamento.
9. Hugo Lloris, capitão da França, erguendo a taça de campeão da Copa do Mundo na Rússia (Getty Images) |
Hugo Lloris, França 2018
Hugo
Lloris é o goleiro e capitão da França campeão da copa do mundo de 2018, bem
como o capitão do Tottenham Hotspur, clube que ele defende desde a temporada
2012-13.
Lloris
foi contratado pelos Lillywhites em 31 de agosto de 2012 por €10 milhões e €5
milhões variáveis pagos ao Lyon. Ficou acordado, também, que o Lyon também
receberá 20% de uma futura transferência de Lloris.
Ele
fez sua estreia pelos Spurs numa partida de Europa League contra o time da
Lazio em 20 de setembro de 2012 e a partida terminou empatada em 0 a 0.
Lloris
iniciou o seu primeiro jogo de Premier League contra o Aston Villa em 7 de
outubro de 2012, conseguindo um clean
sheet na vitória por 2 a 0 dos Lillywhites.
Após
conceder somente quatro gols em seis jogos, ele foi eleito o Jogador do Mês
pela Premier League em dezembro de 2012. Lloris terminou a temporada de 2012-13
fazendo 25 aparições e conseguindo nove clean
sheets no processo.
10. Hugo Lloris e uma das suas fantásticas defesas durante o jogo contra o Dortmund na Alemanha, partida do seu 100º clean sheet pelos Spurs (Getty Images) |
Em
agosto de 2015, Mauricio Pochettino, então treinador do Tottenham, nomeou
Lloris como o capitão permanente do time, no lugar de Younès Kaboul.
17
de abril de 2018 viu Lloris fazer sua 250º aparição pelo Tottenham, no empate
por 1 a 1 com o Brighton. Ao fazer isto, ele se tornou o 61º jogador e o sexto
goleiro a alcançar tal marca pelo clube.
A
temporada de 2017-18 foi coroada com triunfo, quando Lloris ergueu o troféu da
Copa do Mundo, após a França bater a Croácia por 4 a 2 em solo russo e os Les Bleus conquistarem o seu segundo
título da competição de seleções na sua história.
5
de março de 2019, durante a campanha que levou o clube à final da Champions
League, numa partida contra o Borussia Dortmund fora de casa, Lloris fez
inúmeras defesas espetaculares e conseguiu um valoroso clean sheet, que assegurou um triunfo por 1 a 0 dos visitantes (4 a
0 no agregado, pois os Spurs haviam ganho por 3 a 0 em Londres na partida de
ida) e a classificação para a segunda quartas de final de Champions League do
clube.
Esta
partida também teve um prazer adicional para Lloris, pois foi o 100º clean
sheet com a camisa do clube.
Na
temporada 2019-20, fez sua 300ª aparição pelo clube na segunda partida da Liga
na temporada contra o Manchester City, um confronto que terminou empatado em 2
a 2. *
* The
Spurs Miscellany - Adam Powley e Martin Cloake ©.
11. Hugo Lloris em ação contra o Manchester City no Etihad Stadium sua partida de número 300 pelos Spurs (Getty Images) |
Tradução:
Sandro Pontes
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