segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Bill Shankly – Preston North End

Quando se fala no nome de Bill Shankly automaticamente o associamos à sua mítica trajetória no Liverpool, o treinador que transformou a história e o folclore dos Reds.

Mas, neste momento, e que não é do conhecimento de muitos, iremos focar na carreira de Shankly como jogador, especialmente nos Lillywhites, onde ele passou 16 anos servindo à causa do Preston como sucesso.

Infelizmente, como toda sua geração, a Segunda Guerra Mundial roubou preciosos anos da sua carreira.

Descubram um pouco mais sobre a trajetória de Bill Shankly no Preston North End ao ler o breve texto abaixo.

Boa leitura.

1. Bill Shankly (Getty Images)

O lendário Bill Shankly é mais facilmente associado aos seus anos como treinador do Liverpool, mas os torcedores do North End lembram muito bem dos seus 16 anos que ele passou em Deepdale antes de colocar os pés no gramado de Anfield.

Um escocês passional, Shankly foi um de uma família de cinco irmãos a jogar futebol profissionalmente.

Tendo impressionado a todos como juvenil no Partick Thistle, ele se transferiu para a Inglaterra em 1932 quando o Carslile United conseguiu adquirir o seu passe e desfrutar do seu precoce, porém enorme, talento.

Então ele foi vendido ao Preston um ano depois. O preço de £500 estabelecido pelos seus serviços foi inteiramente justificado durante sua primeira temporada de estreia, quando o escocês ajudou o North End a conseguir o acesso à elite do futebol inglês em 1934, logo na primeira tentativa com o time.

E este não foi somente o único sucesso de Shankly em Deepdale, pois o seu time chegou à finais de FA Cup sucessivas em 1937 e 1938.

1937 foi o ano da desilusão, pois os Lillywhites foram batidos pelo Sunderland por 3 a 1, mas o Preston se recuperou deste revés um ano depois, ao bater o Huddersfield Town por 1 a 0 e erguer o troféu da competição.

Este seria uma taça que ele viria a conquistar mais duas vezes, durante o seu período como treinador no Liverpool.

2. Bill Shankly liderando a entrada dos Lillywhites numa partida disputada em em fevereiro de 1948 (Getty Images)

Shankly fez sua estreia pela Escócia em 1938, uma vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra e ainda faria mais quatro aparições pelo seu país.

Como muitos jogadores do seu tempo, entretanto, o promissor meio-campista teve sua carreira interrompida em virtude da Segunda Guerra Mundial.

Durante o conflito Shankly disputou mais set partidas pela Escócia, além de ter conquistado a Wartime Cup com o Preston.

Quando o futebol, após o término do conflito bélico, voltou ao seu ritmo normal, ele ainda fazia parte da equipe dos Lillywhites, mas o seus melhores momentos e performances já haviam ficado para trás e ele acabou se aposentando dos gramados em 1949.

Ele, antão, abraçou a carreira técnica no Carslile e breves passagens em Grimsby, Workington e Huddersfield antes de se realizar em Anfield.

Em setembro de 1981, Shankly veio a falecer em decorrência dum ataque cardíaco, aos 69 anos.

A lenda, as histórias e, é claro, as frases inesquecíveis permanecem vivos para sempre.

3. Time do Preston, campeão da FA Cup 1938. Fileira em pé (esquerda para a direita): Will Scott (treinador), Bill Shankly, Frank Gallimore, Harry Holdcroft, Andy Beattie, Bob Batey, Jim Metcalf (assistente de treinador). Sentados (esquerda para a direita): Dickie Watmough, George Mutch, Tom Smith (capitão) 'Bud' Maxwell, Bobbie Beatttie e Hugh O'Donnell (Flickr)

Ficha técnica:

William Shankly

Nascimento: 2 de setembro de 1913 em Glenbuck, Ayrshire, Escócia

Falecimento: 2 de setembro de 1981 em Liverpool, Inglaterra

Período no Preston North End: 1933-1949

Aparições pelo Preston North End: 296

Gols pelo Preston North End: 13

Aparições pela Seleção da Escócia: 5

Aparições pela Seleção da Inglaterra: 0 *

* The Preston North End Miscellany - David Clayton ©.

4. Card de Bill Shankly (Premier Football Cards)

Tradução: Sandro Pontes

Terry Bly - Norwich City

Terry Bly ficou nacionalmente famoso após a excelente e inesquecível campanha dos Canários na FA Cup da temporada 1958-59, onde marcou gols cruciais para os Canários (incluindo dois contra o United durante a caminhada que parou nas semifinais).

Bly também detém o recorde de gols de Liga numa única temporada no período pós-guerra, quando fez 52 gols pelo Peterborough United na temporada 1960-61.

Conheçam um pouco mais sobre Bly e sua trajetória em Carrow Road ao ler o breve texto abaixo.

Boa leitura.

1. Terry Bly em foto de 1956 (Getty Images)

Originalmente Terry Bly juntou-se ao Norwich ainda infanto-juvenil, mas foi rejeitado por não ser considerado bom o suficiente para jogar pelos times inferiores dos Canários.

Entretanto, após provar que era apto ao esporte, jogando pelo Bury Town, ele foi recepcionado de volta ao Norwich em agosto de 1956.

Ele fez somente 67 aparições pelos Canários, marcando 38 gols no processo, mas poderia ter sido muito mais se ele não tivesse lesionado seriamente o joelho.

Bly ficou nacionalmente famoso durante a campanha da FA Cup de 1959, ao marcar duas vezes na famosa vitória de 3 a 0 sobre o Manchester United.

2. Terry Bly entre os defensores do United na partida da FA Cup em que o atacante fez dois gols (Getty Images)

Na manchete do Eastern Football News lia-se: “Bly, Bly, Babes”, uma mais que merecido destaque, além de espirituoso, pela conquista de Bly sobre o Manchester United de Matt Busby (um trocadilho com o adeus aos Busby Babes, como era conhecido o time dos Red Devils na época, então ficou Bly, Bly em vez de Bye, Bye).

O sucesso de Bly continuou quando ele marcou mais dois contra ao Cardiff City, outro contra o poderoso Tottenham e outros dois quando os Canários enfrentaram o Sheffield United nas quartas de final da competição.

E então Bly foi vendido ao Peterborough em 1960 por £5.000 e seria lá que Bly alcançaria o recorde de gols marcados de Liga – neste caso foi pela Fourth Division - numa temporada no pós-guerra ao anotar 52 vezes na temporada 1960-61, sendo 21 deles em sete hat-tricks, enquanto o time do Posh marcou, no total, 134 gols, também um recorde no pós-guerra.

3. Jornal com a manchete Bly, Bly, Babes (Pinterest)

Ficha técnica:

Terence Geoffrey Bly

Nascimento: 22 de outubro de 1935 em Fincham, Inglaterra

Falecimento: 24 de setembro de 2009 em Grantham, Inglaterra

Posição: atacante

Carreira no Norwich: 1956-1960 

Aparições pelo Norwich City: 67

Gols pelo Norwich City: 38 *

* When Football Was Football: Norwich City, a nostalgic look at a century of the club - Iain Dale ©.

4. Card de Terry Bly (Premier Football Cards)

Tradução: Sandro Pontes

Jim Leighton – Aberdeen

Um dos melhores goleiros da história da Escócia, bem como dos Dons, Jim Leighton foi um arqueiro seguro que brilhou por um longo tempo (23 anos) com defesas arrojadas e uma liderança organizadora do sistema defensivo das equipes de que participou.

Conheçam maiores detalhes da carreira de Jim Leighton ao ler o texto abaixo.

Boa leitura.

1. Um jovem Jim Leighton no Aberdeen (SNS Group)

Nunca antes um jogador do Aberdeen representou a Escócia com tanta frequência quanto Jim Leighton e não há sinal no horizonte de que o recorde do jogador mais convocado pelo clube será quebrado.

Leighton fez 91 aparições pelo seu país e poderia ter passado a mágica marca de 100 partidas se ele não tivesse decidido parar de atender às convocações em circunstâncias controversas em 1998, quando ele rejeitou o apelo do treinador Craig Brown para continuar e ficou firme na sua posição de se aposentar devido a uma relação problemática com Alan Hodgkinson, treinador de goleiros da Escócia.

Sua incrível carreira pela seleção escocesa acabou à sua própria maneira, com Leighton detendo o recorde de goleiro com o maior número de convocações que o país já viu.

A jornada pela Escócia começou em outubro de 1982, quando ele fez sua estreia numa vitória de 2 a 0 contra a Alemanha Oriental.

2. Jim Leighton em ação pelo Aberdeen (SNS Group)

E durou assombrosos 16 anos até a sua última aparição, numa vitória de 3 a 2 sobre a Estônia.

Neste período, o goleiro nascido em Johnstone, jogou em três fases finais de Copa do Mundo, saboreando esta experiência pela primeira vez no México em 1986 quando ele esteve sempre presente no time titular.

E a história se repetiu quatro anos depois na Itália e novamente na França em 1998.

Foi uma incrível aventura, espelhada por uma carreira pelo clube que teve mais que suas quotas de reviravoltas, voltas e momentos de contos de fadas.

 
3. Card de Jim Leighton (eBay)

Leighton foi um dos protegidos de Alex Ferguson, jogado na fogueira com a tenra idade dos 20 anos, quando ele fez sua estreia numa vitória de 4 a 1 contra os Hearts em Tynecastle, em 12 de agosto de 1978, no lugar do veterano Bobby Clark.

Clark retornou para disputar a temporada e permaneceu como número um até que Leighton emergiu da sua considerável sombra e assumiu a titularidade na campanha da temporada 1980-81, quando ele só perdeu duas partidas da maratona de 48 partidas durante toda temporada.

Isso não foi nada comparado à temporada seguinte, quando ele e Willie Miller foram os dois únicos a jogar todas as 58 partidas que os Dons disputaram em todas as competições.

O prêmio no fim daquele extenuante esforço foi a medalha de campeões da Scottish Cup após uma vitória de 4 a 1 sobre os Rangers na final.

4. Da esquerda para a direita: Gordon Strachan, Alex Ferguson e Jim Leighton (Getty Images)

Leighton fez outras 58 aparições na temporada subsequente, ficando de fora de apenas uma partida (um empate de 1 a 1 com os Hibs pela Scottish League) e fechou com o Rangers em outra final de Scottish Cup onde se sagrou vencedor novamente.

Ele também esteve presente em todos os jogos da campanha da Copa dos Vencedores de Copas Europeias, concedendo somente seis gols em 11 partidas da mais famosa sequência de encontros da história do clube.

A forte defesa do Aberdeen, com Leighton como âncora, era muito respeitada.

Apesar de terminar em terceiro atrás do campeão Dundee e do Celtic, eles somente concederam míseros 12 gols em 36 jogos, finalizando a temporada como a melhor retaguarda da Escócia.

5. O fatídico jogo contra o Crystal Palace pela FA Cup que prejudicou a carreira de Leighton nos Red Devils (Getty Images)

Na temporada 1983-84 essa incrível defesa foi fortalecida ainda mais com o Aberdeen, com Leighton como o único presente em todas as partidas, concedendo somente nove gols em 36 jogos durante sua caminhada para conquistar o campeonato da Premier Division.

Uma vitória de 2 a 1 sobre o Celtic na Scottish Cup concluiu um período memorável para o clube e o seu goleiro, que jogaram 63 vezes entre 20 de agosto de 1983 e aquele jogo final contra os Hoops em 19 de maio do ano seguinte.

O sucesso veio de forma rápida para Leighton naquele período glorioso, com outra medalha de vencedor da Premier Division a se juntar às do Double da League Cup e da Scottish Cup da temporada de 1985-86.

A partida de Alex Ferguson perturbou o ritmo em Pittodrie, mas Leighton permaneceu uma rocha intransponível sob a direção do sucessor Ian Porterfield, presente em todos os jogos da temporada 1987-88 e estabeleceu um novo recorde nos Dons com a impressionante marca de 35 clean sheets em 55 jogos disputados.

6. Jim Leighton cumprimenta Taffarel após a derrota da Escócia por 1 a 0 em Turim na Copa de 1990 (Getty Images)

No verão de 1988 ele se reuniu com Alex Ferguson, numa transferência de £750.000 para o Manchester United.

O jogador da seleção escocesa assumiu como o primeiro goleiro da equipe, mas em dois anos o sonho se tornou um pesadelo e relação de Leighton com seu treinador atingiu o nível mais baixo de todos os tempos.

A causa principal foi a decisão de Ferguson de tirá-lo do replay da FA Cup de 1990 contra o Crystal Palace, após ser considerado o bode expiatório pelo chocante resultado de 3 a 3 na primeira final e foi deixado de lado no United após isso.

Ele teve a chance de reconstruir a carreira quando o Dundee o trouxe de volta à Escócia em 1992 num negócio de £200.000.

7. Jim Leighton no Dundee, fevereiro de 1992 (Alamy Stock Photo)

Uma medalha da First Division Championship (segunda divisão) foi adicionada à coleção de Leighton com os Dark Blues, cortesia das 13 partidas que ele disputou após a sua chegada de Old Trafford, antes da sua mudança para os Hibs em 1993 aonde o retorno foi completo quando o goleiro retornou à seleção escocesa em 1994 após uma ausência de quatro anos.

Ele fez 178 aparições pelo clube de Easter Road antes do seu regresso à Pittodrie em 1997, quando Roy Aiten o trouxe de volta ao Aberdeen.

Leighton fez mais 100 aparições neste segundo período em Pittodrie, sua carreira terminou em agonia por uma séria lesão facial que o forçou a retirar-se de campo na final da Scottish Cup de 2000 contra os Rangers nos minutos iniciais.

Ele estava com 41 anos quando ele jogou aquela partida, sua 531ª e última partida pelo clube.

Ele teve dois períodos no clube como treinador de goleiros: primeiro da sua aposentadoria até agosto de 2009 e depois de 13 de dezembro de 2010 até o fim da temporada de 2014-15.

 
8. Jim Leighton com o uniforme dos Hibs (SNS Group)

Ficha técnica:

James “Jim” Leighton

Nascimento: 24 de julho de 1958 em Johnstone, Escócia

Carreira no Aberdeen: 1977-1988 e 1997-2000

Aparições pelo Aberdeen: 528 (382 pela Scottish Premier League, 49 pela Scotish Cup, 54 pela League Cup e 43 por campeonatos europeus)

Estreia pelo Aberdeen: 12 de agosto de 1978 pela Scottish Premier League contra o Hearts (vitória de 4 a 1, fora de casa)

Aparições pela Seleção da Escócia: 91

Gols pela Seleção da Escócia: 0 *

* The Legends of Aberdeen - Paul Smith ©.

9. Jim Leighton treinador de goleiros pelo Aberdeen (SNS Group)

Tradução: Sandro Pontes

Tony Book – Manchester City

Embora tenha chegado no City numa idade onde a maioria dos jogadores já caminham para o fim da carreira, Tony Book se tornou um dos mais emblemáticos atletas de Maine Road.

Virando capitão e líder na era vitoriosa de meados dos anos 1960s e começo dos 1970s.

Conheçam maiores detalhes da trajetória de Tony Book nos Cityzens ao ler o breve texto abaixo.

Boa leitura.

1. Da esquerda para direita Tony Book e Bobby Owen em foto de julho de 1968 (Getty Images)

A história de Tony Book, de certa maneira, é um conto de fadas.

Após passar a maior parte da sua carreira no clube amador do Bath City, Malcolm Allison o levou ao Plymouth Argyle quando Tony já contava com 30 anos e quando Allison se juntou à comissão técnica do City ele levou o confiável Book com ele.

A sua contratação ergueu uma ou duas sobrancelhas, é justo dizer.

Book estava com 32 anos e nunca tinha jogado na divisão principal, mas Allison insistiu com o inicialmente relutante Joe Mercer que foi forçado a admitir que ele mesmo não havia sido contratado pelo Arsenal antes dos 31 anos.

2. Tony Book em ação durante o jogo contra os Spurs de Alan Gilzean nos anos 1970s (Getty Images)

Os Blues pagaram £17.000 ao Plymouth e, partir daí as coisas ficaram melhores e melhores para o ex-amador de Bath.

Book rapidamente foi alçado ao posto de capitão e viu o City coroado campeão da Division One, embora este tenha sido apenas o começo de um dos períodos mais gloriosos da história do clube.

Book perdeu a primeira metade da temporada 1968-69 por causa de uma lesão no tendão de Aquiles, mas se recuperou a tempo de erguer a taça da FA Cup e foi, então, nomeado o Jogador do Ano, um prêmio que ele dividiu com Dave Mackay do Derby County.

Na sua terceira temporada ele ajudou o seu time a vencer a League Cup e a Copa dos Vencedores de Copas Europeias num espaço inesquecível de seis semanas – seu quarto troféu em três anos como capitão – nada mal para um jogador de 35 anos em somente sua quinta temporada na elite.

Ele continuou a jogar até se aposentar durante a temporada 1973-74.

3. Tony Book segurando a taça da League Cup recém-conquistada em 1970 (Getty Images)

George Best uma vez declarou que Book foi o seu mais duro oponente – uma verdadeira distinção.

Após o breve reinando de Johnny Hart e Ron Saunders como treinadores, um comitê de jogadores exigiu que Book fosse posto como treinador – uma de suas primeiras tarefas foi dirigir o time na vitória de 1 a 0 em Old Trafford que condenou o Manchester United à Second Division.

Ele tinha o total respeito dos torcedores, jogadores e diretoria e da sua equipe técnica pensavam que ele tinha algo de especial.

Ele dirigiu o clube com grande dignidade e ajudou um time envelhecido que estava indo na direção errada a se tornar uma força a ser temida novamente, quando eles ganharam a League Cup de 1976.

4. Tony Book em ação durante o jogo contra os Red Devils de George Best nos anos 1970s (Tomikoshi Photography)

Ficha técnica:

Anthony (Tony) Keith Book

Nascimento: 4 de setembro de 1934 em Bath

Aparições pelo Manchester City: 306 (+ 3 como substituto)

Gols pelo Manchester City: 5 *

* When Football Was Football: Manchester City, a nostalgic look at a century of the club - David Clayton ©.

5. Card de Tony Book (Premier Football Cards)

Tradução: Sandro Pontes

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