Leeds United – A pior contratação da história

Contratado a peso de ouro e com status de supestar, Tomas Brolin deixou Elland Road pelas portas do fundo após o término do seu contrato e de uma relação conturbada com os seus empregadores no que foi, provavelmente, a pior contratação da história do Leeds United.

 

Maiores detalhes abaixo.

 

Boa leitura.

 

1. Tomas Brolin segurando a bandeira sueca na sua apresentação em Elland Road em 17 de novembro de 1995 (Allsport UK/Getty Images)

Quando o Leeds United contratou o sueco Tomas Brolin em 17 de novembro de 1995, os torcedores dos Peacocks acreditavam que o clube estava adquirindo um dos melhores jogadores do mundo.

 

Mas o que eles viram acontecer com o jogador pelo qual o clube pagou £4,5 milhões, o valor recorde pago pelo Leeds por um jogador na época, contudo, foi, provavelmente, a pior contratação da história de Elland Road.

 

“Ele é um jogador de classe mundial e acredito que Brolin se provará uma excelente aquisição para o clube”, declarou o treinador Howard Wilkinson, enquanto o próprio Brolin complementou o raciocínio do seu novo treinador com as seguintes palavras: “Acredito que eu possa ajudar o Leeds a conquistar o troféu da Liga novamente”.

 

Brolin havia se destacado muito no Parma e na Suécia, impressionando especialmente por suas soberbas performances na campanha que conduziu os suecos ao terceiro lugar na Copa do Mundo de 1994.

 

Após marcar alguns poucos gols pelo Leeds ele rapidamente se desentendeu com Wilkinson acerca do papel que deveria desempenhar no time, cujo auge da insatisfação se deu quando ele foi sacado do time que disputou a final da League Cup de 1996 contra o Aston Villa.

 

2. Tomas Brolin trocando cumprimentos com Bill Fotherby, diretor de futebol, à direita, e com Howard Wilkinson, treinador do time antes da coletiva de imprensa em Elland Road (Allsport UK/Getty Images)

Após se atrasar na reapresentação para os treinamentos para a temporada seguinte, Brolin foi multado e despachado, por empréstimo, para o FC Zurich.

 

Ele se recusou a retornar a Elland Road após o término do seu empréstimo, fato que enfureceu George Graham, o novo treinador do Leeds.

 

O que veio seguir foi uma série de empréstimos fracassados, multas por atrasos constantes em treinos, seguidas declarações polêmicas, à imprensa, contra os seus empregadores e uma rápida e crescente falta perda de forma física, quando se percebeu que ele passou a engordar.

 

Finalmente o seu contrato chegou ao fim e sua carreira praticamente acabou com ele sendo visto bufando e respirando ofegantemente nas suas poucas partidas em Selhurst Park pelo Crystal Palace. *

 

* Leeds United Miscellany: Elland Road Trivia, History, Facts & Stats - Joe Mewis.

 

3. Tomas Brolin em ação durante a partida contra o Manchester United em Elland Road, disputada em 24 de dezembro de 1995. Os Peacocks venceram o jogo de Premier League por 3 a 1 (Clive Brunskill/Allsport/Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Portsmouth – Terceira geração

Quando Daniel Hinshelwood entrou em campo naquele 23 de março de 1996 em Selhurst Park, na sua estreia pelo Portsmouth, ele fez história, pois era da terceira geração da família que jogava profissionalmente.

 

O seu avô no pós-guerra e até meados dos anos 1950s e seu pai e tio, principalmente nos Eagles nos anos 1970s também carregavam o sobrenome da família pelos campos ingleses.

 

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Boa leitura.

 

1. Pôster do centenário do Pompey com Danny Hinshelwood, segundo jogador sentado da esquerda para a direita, na foto oficial (Twitter Danny Hinshelwood)

Quando Daniel - Danny - Hinshelwood fez a sua estreia pelo Pompey em 23 de março de 1996, um empate sem gols com o Crystal Palace em Selhurst Park, ele foi o membro da terceira geração da família Hinshelwood a jogar pela Football League.

 

Wally Hinshelwood, seu avô, jogou pelo Fulham pouco após o término da Segunda Guerra Mundial e ainda viria a jogar pelo Chelsea, Reading, Bristol City, Millwall e Newport County, onde encerrou a sua carreira.

 

Os seus filhos, Martin, pai de Daniel, e Paul, jogaram pelo Crystal Palace durante os anos 1970s e Martin viria a se transformar treinador do time de juniores e dos reservas do Pompey nos anos 1990s.

 

Daniel teve uma passagem curta por Fratton Park, pois fez apenas cinco aparições pelo Pompey antes de se juntar ao Torquay United, em 2 de março de 1997, por empréstimo.

 

2. Capa do programa oficial da partida entre os Eagles e o Pompey (eBay)

Após o retorno do empréstimo, e sem mais oportunidades no time principal, Danny foi dispensado pelo Portsmouth ao término da temporada seguinte.

 

Ele, então, se juntou ao Brighton & Hove Albion num contrato de curto prazo em agosto de 1998, mas foi dispensado pelos Seagulls em janeiro de 1999.

 

Depois do Albion ele perambulou por times amadores até se aposentar no Selsey, onde foi primeiramente jogador-treinador e depois passou a exercer somente a função de treinador em 2003. *

 

* Portsmouth On This Day & Miscellany: Pompey Anedcotes, Legends, Stats & Facts - Roger Holmes.

 

3. Wally Hinshelwood então jogador do Reading em foto de 1954 (Barratts/PA Images/Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Inglaterra neste dia

1966: Estreia na Copa do Mundo contra o Uruguai; e

 

2002: David Dein, vice-presidente da FA, tem um plano para reduzir o desgaste dos jogadores ingleses em anos de Copa do Mundo.

 

1. Lance de Inglaterra e Uruguai na partida de abertura da Copa de 1966 (Popperfoto/Getty Images)

Segunda-feira, 11 de julho de 1966

 

Tem início a Copa do Mundo e a Inglaterra encara o Uruguai na partida de abertura do torneio em Wembley e dá poucos indícios de que aquele seria o ano da Inglaterra.

 

Os Three Lions falharam em encontrar as redes adversárias pela primeira vez após 52 jogos disputados no pós-guerra, quando os uruguaios se postaram muito bem na defesa e seguraram o empate por 0 a 0.

 

Alf Ramsey estava nitidamente sentindo a pressão, inclusive se recusando a conceder uma entrevista pós-jogo à BBC, dizendo: “Eu estava disponível antes e ninguém quis me entrevistar. Agora é tarde demais!”

 

Billy Liddell, ex jogador da Escócia, forneceu uma visão pessimista das chances da Inglaterra: “Não podemos falar muito sobre a possibilidade de a Inglaterra conquistar a Copa do Mundo”, ele declarou.

 

“Nós devemos nos preocupar mais em saber se eles conseguirão se classificar no seu grupo”, Liddell completou.

 

2. Sir Alf Ramsey, no centro, orientando os seus jogadores numa sessão de treinos antes do jogo contra os uruguaios (PA Images)

Quinta-feira, 11 de julho de 2002

 

David Dein, vice-presidente da Football Association, anuncia planos para uma folga de meia-temporada.

 

Sven-Göran Eriksson, treinador do English Team, era um forte entusiasta, citando o cansaço dos jogadores na derrota para o Brasil na Copa do Mundo duas semanas atrás, mas esta proposta de Dein nunca chegou a se concretizar. *

 

* England on this day: History, Facts & Figures from Every Day of the Year - Rob Burnett e Joe Mewis.

 

3. David Dein (Mike Egerton/EMPICS/Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Oldham Athletic – Bom trabalho, Bert!

Uma das maiores vitórias do futebol inglês é um 11 a 0, dos Latics sobre o Southport no Boxing Day de 1962.

 

Neste jogo, em Boundary Park, Bert Lister, falecido em 2007, foi às redes seis vezes, mas o que chamou a atenção do personagem principal desta goleada, é que ele só foi elogiado pelo seu treinador bem mais tarde.

 

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1. Bert Lister, deslizando ao lado do goleiro adversário, marcando um dos seus gols no jogo e, na foto abaixo, chutando para mais um dos seus gols na partida (Twitter OAFC Memories)

O lendário Bert Lister marcou seis gols no massacre caseiro dos Latics sobre o Southport por 11 a 0 no Boxing Day de 1962, uma performance que foi descrita pelo Oldham Evening Chronicle como “o momento mais orgulhoso da história do clube”.

 

Com sete gols no primeiro tempo, dois dos quais estiveram na conta de Lister, ele marcou mais quatro na volta do intervalo em Boundary Park no encontro da Fourth Division, que estabeleceu um novo recorde em termos de vitórias dos Latics, suplantando o 11 a 2 sobre o Chester dez anos antes.

 

Apesar da excelente partida, o que poucos sabem, é ele teve que esperar um longo tempo – até as 23 horas – para receber o seu agradecimento da parte do treinador Jack Rowley.

 

Bert se recorda daquele momento: “Foi um pouco dolorido porque ele cumprimentou todos os outros marcadores nos vestiários. Estes cumprimentos, para mim, só viriam a acontecer bem mais tarde numa boate muito frequentada pelos torcedores, quando eles me deram uma salva de palmas, no momento em que cheguei no lugar, é que ele (Rowley), que também estava lá, disse ‘Belo trabalho, garoto!”.

 

2. Jack Rowley, o treinador dos Latics (PA Images)

Na época eu não recebi bem este tardio elogio, mas agora está tudo bem. Eu costumava dar de costas com estas coisas, mas depois eu percebi que ele fazia isso para conseguir o melhor de mim.

 

Eu era sacado do time numa partida contra um oponente mais fraco, mas era chamado para os grandes jogos.

 

Com estas pequenos gestos, Rowley demonstrava que apreciava meu estilo de jogo e sempre me provocava, pois sabia do meu potencial dentro de campo”. *

 

* Oldham Athletic Miscellany: Latics Trivia, History, Facts & Stats - Dave Moore.

 

3. Capa do programa oficial da partida (Site The Saleroom)

Tradução: Sandro Pontes

Blackpool – A doce vingança

Após ser derrotado pelos Red Devils na final da FA Cup em 28 de abril de 1948, o Blackpool recebeu o mesmo adversário quatro dias depois, num jogo de Liga, em Bloomfied Road e, num estádio lotado, foi buscar sua vingança.

 

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1. Stanley Mortensen (Mike Lawn/Keystone/Getty Images)

Após ter sido derrotado pelo Manchester United por 4 a 2 na final da FA Cup em Wembley em 24 de abril de 1948, o Blackpool enfrentou o mesmo oponente pela Liga em Bloomfield Road apenas quatro dias mais tarde.

 

O Blackpool queria se vingar do seu algoz diante da sua torcida, quanto o United desejava provar que sua vitória anterior não tinha sido por acaso.

 

Diante dum público de 32.236 espectadores os dois times desempenharam soberbamente os eu papel, com belas jogadas e chances de gols para ambas as equipes, mas o lance crucial, que decidiu o confronto foi uma cabeçada de Stanley Mortensen, da vitória dos Seasiders por 1 a 0.

 

Infelizmente, mais tarde no jogo, “Morty” colidiu com Jack Crompton, goleiro do United, e teve que ser conduzido inconsciente ao hospital.

 

Menos mal que ele se recuperou rapidamente e foi convocado para participar da série de amistosos da Inglaterra pelo continente. *

 

* Blackpool Miscellany: Seasiders Trivia, History, Facts & Stats - Gerry Wolstenholme.

 

2. Duas lendas dos Three Lions. Stanley Matthews e Stanley Mortensen, à direita, durante uma sessão de treinos em Stamford Bridge visando ao jogo contra o Resto do Mundo em 1953 (Reg Birkett/Keystone/Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Norwich City – Cartão vermelho

Os cartões, amarelo e vermelho, foram introduzidos no futebol inglês na temporada 1976-77.

 

O primeiro jogador dos Canários a ver o cartão vermelho, contudo, só aconteceu na penúltima partida da temporada seguinte em St James’ Park.

 

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1. Justin Fashanu (Mark Leech/Offside/Getty Images)

O primeiro jogador do Norwich City a receber um cartão vermelho foi Mark Halsey, que estragou a sua estreia pelos Canários na partida contra o Newcastle United em St James’ Park, pela First Division, que terminou empatada em 2 a 2 naquele 26 de abril de 1978.

 

Halsey fez mais duas aparições pelo clube, sendo que recebeu um cartão amarelo na sua última partida pelo time principal.

 

Ele chegou em Carrow Road em 1976, ficando até 1981, quando se transferiu para o time amador Yarmouth Town em julho antes de se juntar ao Wroxham em 1983.

 

Posteriores passagens por Sprowston Exiles, Newton Flotman e Wroxham, novamente, forma prejudicadas pela sua indisciplina durante as partidas.

 

2. Card de Andy Rollings (eBay)

Já o primeiro jogador adversário do Norwich City a ver um cartão vermelho foi, ironicamente, um ex jogador dos Canários que estava jogado pelo Brighton, o defensor Andy Rollings, que foi expulso na partida de First Division em Goldstone Ground, em 27 de outubro de 1979, após desferir um soco em Justin Fashanu! O Norwich bateu os Seagulls por 4 a 2.

 

Fashanu acabou sendo o vilão pouco mais de um mês depois quando se tornou o segundo jogador dos Canários a receber cartão vermelho, com a sua ida precoce ao chuveiro após uma forte entrada sobre Allan Evans, do Aston Villa, no jogo de First Division disputado em Carrow Road em 1º de dezembro de 1979.

 

Só para manter a simetria, Denis Mortimer, do Villa, então se tornou o segundo jogador adversário a ser expulso contra os Canários nesta mesma partida.

 

O jogo combativo, entretanto, terminou empatado em 1 a 1, com o gol de Kevin Bond, marcado em cobrança de pênalti aos 88 minutos, assegurando um ponto para os anfitriões. *

 

* Norwich City Miscellany: Canaries Trivia, History Facts & Stats – Edward Couzens-Lake.

 

3. Capa do programa oficial do jogo contra o Villa (eBay)

Tradução: Sandro Pontes