Primeiro clube a estampar o nome do patrocinador nas suas camisas

No verão de 1978 os Rams assinaram um contrato de patrocínio de camisas com a empresa automobilística sueca Saab e, subsequentemente, estamparam a marca da empresa nas suas camisas nos jogos de pré-temporada.

Mas a recusa da Football League em permitir a utilização do patrocínio em partidas competitivas inviabilizou a iniciativa do Derby County.

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Camisa do Derby County com o patrocinador Saab (Pinterest)

No verão de 1978 o Derby County, dirigido por Tommy Docherty, foi o primeiro clube da Football League a assinar um contrato de patrocínio para suas camisas.

Em fotos promocionais de pré-temporada os jogadores posaram com a marca “Saab” em letras vermelhas nas suas camisas, mas a Football League se recusou a permitir uso do patrocínio durante a temporada regular, logo os Rams nunca as usaram em partidas competitivas.

2. Graeme Souness e Kenny Dalglish e as camisas dos Reds com o patrocínio da Hitachi (Reuters)

Em 1979 a Football League acabou cedendo e o Liverpool se tornou o primeiro clube inglês a jogar partidas oficiais com camisas contendo a marca do patrocinador (Hitachi).

Na temporada 1977-78 o Hibernian foi o primeiro clube no Reino Unido a jogar partidas oficiais com camisa com patrocinador. *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

3. George Best, vestindo a camisa com patrocínio da Bukta, rodeado pelos companheiros (esquerda para a direita) Tony Higgins e John Lambie, em pé, Joe Ward e Jackie MacNamara, agachados, em foto de 24 de novembro de 1979 (Alamy Stock Photo)

Tradução: Sandro Pontes

Birmingham City – Burns mata os Rams, Foxes, Canaries (entre outros)

Kenny Burns geralmente era escalado como defensor ou como meio-campista recuado, até que o treinador Willie Bell resolveu testar o jogador escocês como centroavante na temporada 1976-77.

E o resultado desta experiência foi surpreendente!

Antes de passar ao texto, vale esclarecer que o título do texto faz uma referência aos animais que alguns clubes representam na figura dos seus mascotes: Rams (carneiros), Foxes (raposas) e Canaries (canários).

Maiores detalhes, acerca das das marcas de Burns, abaixo .

Boa leitura.

1. Kenny Burns (Alamy Stock Photo)

Geralmente escalado como defensor ou meio-campista recuado, Kenny Burns foi utilizado como centroavante ao lado de Trevor Francis por Willie Bell, treinador do City, na temporada 1976-77 e, para a surpresa de todos, como ele se deu bem nesta nova função, marcando 20 gols, sendo 19 deles pela First Division.

O adorável escocês marcou quatro vezes na retumbante vitória caseira por 5 a 1 sobre o Derby County em 2 de outubro, dois meses depois ele anotou um hat-trick na vitória por 6 a 2 sobre o Leicester City em Filbert Street e, então, foi às redes duas vezes numa vitória por 3 a 2 sobre o Norwich City em St Andrew’s em 12 de fevereiro.

Ele também marcou no empate por 2 a 2 contra o Manchester United em Old Trafford em 21 de agosto e na derrota frente ao Liverpool por 4 a 1 em Anfield em 5 de fevereiro.

2. Kenny Burns comemorando um dos seus gols contra os Rams em St Andrew's (Getty Images)

Ainda marcou contra o Aston Villa, rival das Midlands, Coventry City, Bristol City, Manchester City e Stoke fora de casa, além de Middlesbrough, QPR e Ipswich Town em St Andrew’s.

O seu gol marcado fora dos jogos de Liga aconteceu na partida contra o Leeds United pela Quarta Rodada da FA Cup, uma derrota por 2 a 1 em St Andrew’s em 29 de janeiro. *

* The Birmingham City Miscellany – Tony Matthews ©.

3. Trevor Francis, no centro, é abraçado por Kenny Burns após marcar pelos Blues na partida de First Division contra o Aston Villa em St Andrew’s em 10 de maio de 1977. O Birmingham City venceu o jogo por 2 a 1 (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Único jogador britânico a ser pego no teste antidoping

Willie Johnston, um habilidoso ponta dos Baggies, fez a sua estreia pela Escócia em Copas do Mundo em 3 de junho de 1978, na derrota diante do Peru em solo argentino.

Após o jogo, ele foi sorteado para fazer o exame antidoping e, infelizmente, ele deu positivo no teste e, pelas porta do fundos, fez história no futebol britânico.

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Willie Johnston (SNS Group)

No dia 3 de junho de 1978 a Escócia foi derrotada pela seleção peruana por 3 a 1 no Estadio Chateau Carreras no que foi a primeira partida dos times na fase final da Copa do Mundo na Argentina.

Após o jogo, como era rotineiro, Willie Johnston, que então fazia sua 21ª aparição pela Escócia ao longo de 13 anos, foi aleatoriamente escolhido para se submeter ao teste antidoping.

O ponta do West Bromwich Albion deu positivo no teste e foi mandado imediatamente de volta para casa e banido para sempre do futebol pela Scottish Football Association.

Johnson alegou que não estava tomando nada mais forte do que Reactivan, um remédio para baixar a febre que ele estava sentindo dias antes, mas a Scottish Football Association não permitiu que ele fizesse um segundo teste como contraprova para estabelecer a inocência ou a culpa do jogador.

2. Willie Johnston, observado por Asa Hartford, em ação durante a partida contra o Peru em Córdoba (Roger Park/Fotosporsts International)

A carreira de Johnson se esgotou no West Bromwich Albion e ele acabou encerrando a carreira precocemente.

Mais tarde, já dirigindo um pub em Kirkaldy, Fife, Johnson declarou:

“Eu fui punido injustamente pela Scottish Football Association. Eu esperava que eles apelassem contra o resultado e pedissem um novo teste antidoping, mas eles não o fizeram e, em vez disso, pediram para eu arrumar minhas malas e voltar para casa.

Tudo o que eu sonhava era disputar uma Copa do Mundo, era minha ambição pessoal. Mas, no final das contas, eu joguei uma partida do torneio e fui mandado para casa”.

3. Pôster de Willie Johnston nos Baggies (Pinterest)

Ficha técnica:

Peru 3 (Cesar Cueto, Teófilo Cubillas-2) Escócia 1 (Joe Jordan)

Copa do Mundo da Argentina

Local: Estadio Chateau Carreras, Córdoba

Data: 3 de junho de 1978

Público: 37.927

Peru: Ramon Quiroga, Hector Chumpitaz, Ruben Toribio Diaz, Jaime Duarte, Rodolfo Manzo, Cesar Cueto (Percy Rojas), Jose Velasquez, Teófilo Cubillas, Guillermo La Rosa (Hugo Sotil), Juan Jose Munante, Juan Carlos Oblitas.

Escócia: Alan Rough, Martin Buchan, Kenny Burns, Tom Forsyth, Stuart Kennedy, Asa Hartford, Willie Johnston, Don Masson (Archie Gemmill), Bruce Rioch (Lou Macari), Kenny Dalglish, Joe Jordan. *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

4. Willie Johnston escoltado por policiais para escapar do assédio da imprensa no aeroporto portenho, quando voltava para a Escócia (Associated Newspapers)

Tradução: Sandro Pontes

Sheffield United – A Batalha de Bramall Lane

O jogo de League One, entre os Blades e os Baggies, em Bramall Lane foi um jogo atípico pelas expulsões e confusões que aconteceram durante o confronto.

Faltas violentas, lesões, brigas e até uma pequena vingança por um lance de uma no atrás tiveram lugar naquela tarde agitada na casa do United!

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Jogadores dos Blades e Baggies com ânimos exaltados durante o jogo em Bramall Lane (PA Images)

Os Blades estiveram envolvidos em um dos mais violentos incidentes em tempos recentes, a famosa Batalha de Bramall Lane, próximo ao fim da temporada 2001-02.

As expulsões de Simon Tracey, Georges Santos e Patrick Suffo estão entre as mais notórias da história do futebol inglês e causaram o encerramento prematuro em circunstâncias sem precedentes.

Os ânimos também estavam exaltados nas arquibancadas entre os torcedores das duas equipes, quando o United recebeu a visita do West Bromwich Albion naquele 16 de março e, com apenas oito minutos de jogo, o goleiro Tracey foi expulso por colocar a mão na bola fora da grande área.

Com exceção das habituais faltas, o primeiro tempo transcorreu sem maiores incidentes.

Mas logo após o reinício da partida Michael Brown foi advertido com o cartão amarelo por uma falta violenta. Três minutos depois o francês Georges Santos e o camaronês Patrick Suffo entraram em campo aos 63 minutos, como substitutos de Michael Tonge e Gus Uhlenbeek, respectivamente.

2. Simon Tracey, o primeiro a ser expulso (Getty Images)

Na sua primeira jogada em campo Santos deu um carrinho violento com os dois pés acima da bola e direto na perna Andy Johnson, numa jogada de meio de campo que, por pouco, não quebrou a perna, mas mesmo assim ele passou parte do jogo evitando os confrontos diretos com a defesa dos Blades.

Este lance, aparentemente isolado, remonta o que tinha acontecido há quase um anos atrás deste jogo, quando Johnson, então no Nottingham Forest colidiu com Santos e de forma intencional acertou o seu cotovelo no rosto do jogador francês.

Cinco horas de cirurgia foram necessárias enquanto uma placa de titânio era colocada na maçã do rosto danificada com o impacto, ou seja, Santos tentou se vingar daquele lance de um ano atrás.

Jogadores de ambos os times, então, se envolveram numa grande confusão. Durante o tumulto Suffo, que já havia estado envolvido numa confusão na França após agredir um membro da arbitragem, deu uma cabeçada em Derek McInnes a poucos metros do árbitro.

Suffo também foi punido com o cartão vermelho e teve que sair de campo. Menos de 10 minutos depois foi a vez Keith Curle de ser o último jogador dos Blades a ser advertido com um cartão amarelo.

O United foi, então, obrigado a retirar Brown e Robert Ullathorne por causa de lesão, deixando os Blades com apenas seis jogadores em campo e o árbitro Eddie Wolstenholme não teve outra alternativa a não ser dar por encerrada a partida aos 82 minutos com o West Brom vencendo o jogo por 3 a 0 (dois gols de Scott Dobie e um de Derek McInnes).

3. Georges Santos, segundo jogador dos Blades da esquerda para a direita, argumenta com o árbitro após ser expulso (Getty Images)

Brown, mancando, foi acusado de fingir a lesão para forçar o fim do jogo – embora, vale mencionar, o meio-campista perdeu alguns jogos subsequentes por causa da contusão muscular.

Especulações acerca de alguma eventual punição ao clube pairaram no ar durante os dias seguintes ao jogo e diversas reuniões tiveram lugar nas instâncias decisórias do futebol inglês, mas os primeiros passos para resolver o imbróglio aconteceram quando a Football League deu ao Albion os três pontos que ele teria, muito provavelmente, ganho dentro de campo.

Mais tarde o United recebeu uma multa de £10.000.

Hostilidades não são nada novas entre os dois clubes. Quando os times se encontraram nos Hawthorns, na temporada anterior, o treinador Neil Warnock teve que ser contido após o apito final como resultado da sua fúria pela expulsão de Robert Ullathorne que atingiu violentamente Lee Hughes, que marcou o gol da vitória dos Baggies por 2 a 1 (Ruel Fox marcou o outro gol dos anfitriões, enquanto Paul Peschisolido descontou para os Blades) em 20 de janeiro de 2001. * 

* The Sheffield United Miscellany - Darren Phillips ©.

4. Patrick Suffo (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Primeiro jogador a ser vendido por £1 milhão na Inglaterra

Que Trevor Francis foi o primeiro jogador a superar a barreira do milhão de libras não é novidade, mas que, embora Clough tenha pago menos de £1 milhão para o Birmingham, por conta das taxas e percentual do jogador, o valor total ultrapassou a cifra milionária.

E Clough, à sua maneira, roubou um pouco das atenções durante a apresentação de Francis.  

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Trevor Francis e Brian Clough, com seu uniforme de squash, durante a entrevista coletiva de apresentação do jogador (Getty Images)

Em 9 de fevereiro de 1979 Brian Clough pagou a aprazível quantia de £1 milhão ao Birmingham City para trazer Trevor Francis, o jovem atacante de 24 anos para o City Ground.

No dia do anúncio da contratação Clough tinha marcado uma partida de squach e a interrompeu aparecendo na coletiva de imprensa com o seu uniforme de jogo e carregando a sua raquete de squach.

Na verdade Clough pagou £975.000 aos Blues de Birmingham.

Entretanto, com as necessárias taxas de transferências e o percentual destinado a Francis, a quantia total chegou a £1. 1800.000. *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

2. Brian Clough com o uniforme e a raquete de squash na apresentação de Gerry Francis (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Millwall – Semifinais de FA Cup

Antes de triunfar nas semifinais da FA Cup de 2003-04, os Lions sofreram revezes nas três tentativas anteriores: duas pelo mesmo placar e na última delas o clube londrino estabeleceu uma marca.

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Tim Cahill, com a bola na mão, comemorando a classificação para a final (Getty Images)

Em paralelo ao alcance da final da FA Cup de 2004, após passar pelo Sunderland nas semifinais, quando bateu os Black Cats por 1 a 0 em Old Trafford, gol de Tim Cahill e decidiu com os Red Devils o título da competição em Wembley, os Lions, anteriormente haviam jogado três semifinais da competição.

A primeira vez ocorreu em 1900 quando os Lions batidos pelo Southampton por 3 a 0 em 28 de março no Elm Park, após um empate por 0 a 0 no Crystal Palace quatro dias antes.

Os Saints avançaram para a final, porém foram triturados pelo Bury por 4 a 0.

2. Dennis Wise, o jogador-treinador do clube, abraça Theo Paphitis, presidente dos Lions, após o término do jogo (Getty Images)

Três anos depois os Lions tombaram nas semifinais por 3 a 0, desta vez tendo como algoz o Derby County no Villa Park, contudo na final os Rams foram massacrados por 6 a 0 pelo Bury, o mesmo carrasco do Southampton uma trinca de anos antes.

O Millwall, em 1937, se tornou o primeiro clube da Third Division a alcançar tal estágio da competição antes de sucumbir por 2 a 1 para o Sunderland, então campeão da First Division, em Leeds Road.

Na final os Black Cats triunfaram por 3 a 1 sobre o Preston North End. *

* The Millwall FC Miscellany - David Sullivan ©.

3. Jogadores dos Lions comemorando a passagem para a final (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes

Primeiro jogador a aparecer em dois times vencedores de FA Cup em temporadas consecutivas

Brian Talbot, campeão da FA Cup com o Ipswich Town em 1978, repetiu a façanha no ano seguinte, só que com outro time, o que o tornou o primeiro na história a conseguir tal façanha.

Maiores detalhes abaixo.

Boa leitura.

1. Brian Talbot chutando a bola contra a defesa dos Gunners na final de 1978 (Pinterest)

Após conquistar a medalha de vencedor da FA Cup com os Tractor Boys em 1978, Brian Talbot subsequentemente foi contratado pelo Arsenal por £450.000 em janeiro de 1979.

Cerca de um ano após a final de 1978, ironicamente contra o próprio Arsenal, Talbot estava de volta a Wembley, deste vez defendendo as cores dos Gunners, onde ele marcou o primeiro gol da decisão de uma batalha muita dura contra o Manchester United (vitória por 3 a 2 dos londrinos, com direito gol no último minuto). *

* Firsts, Lasts and Onlys - Paul Donnelley ©.

2. Brian Talbot, braços erguidos, comemorando o gol que abriu o placar para os Gunners na final de 1979 (Getty Images)

Tradução: Sandro Pontes